Em um vislumbre do destino sombrio que aguarda a Terra, os cientistas observaram pela primeira vez uma estrela, inchada em sua velhice, engolindo um planeta parecido com Júpiter e, em seguida, expelindo algum material para o espaço em um arroto energético.
Pesquisadores disseram nesta quarta-feira (3) que a estrela estava nos estágios iniciais do que é chamado de fase de gigante vermelha no final de sua vida útil, pois esgotou o combustível de hidrogênio em seu núcleo e suas dimensões começaram a se expandir. À medida que a estrela crescia, sua superfície atingiu a órbita do planeta condenado, resultando no caos.
Leia também
- IA que transforma pensamentos em texto já está em teste
- Sete em cada dez líderes querem que os robôs tomem decisões por eles
- 5 tipos mais comuns de ciberataques que ocorrem no Brasil
A estrela, que começou semelhante ao nosso Sol em tamanho e composição, está localizada em nossa galáxia, a Via Láctea, a cerca de 12 mil anos-luz da Terra, na direção da constelação de Áquila. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, 9,5 trilhões de km. A estrela tem cerca de 10 bilhões de anos, o dobro da idade do sol.
Estrelas gigantes vermelhas podem inchar até cem vezes seu diâmetro original, engolfando qualquer planeta em seu caminho. Os cientistas observaram anteriormente tal expansão estelar, mas não um engolfamento planetário.
Mercúrio, Vênus e, finalmente, a Terra, os três planetas mais internos do nosso Sistema Solar, encontrarão esse destino à medida que o Sol passar por sua fase de gigante vermelha em cerca de 5 bilhões de anos, de acordo com Kishalay De, pós-doutorando do Instituto Kavli para Pesquisa de Astrofísica e Espaço do MIT e principal autor do estudo publicado na revista Nature.
O planeta nesta pesquisa era um tipo chamado de “Júpiter quente” – um gigante gasoso semelhante ao maior mundo do nosso Sistema Solar, mas com uma órbita muito mais próxima de sua estrela. Este planeta, talvez algumas vezes maior que Júpiter, orbitava sua estrela em menos de um dia a uma distância mais próxima do que Mercúrio, nosso planeta mais interno, orbita o Sol.
“O planeta começou a deslizar pela atmosfera da estrela como um satélite caiu na atmosfera da Terra. Quanto mais fundo o planeta caiu na atmosfera da estrela, mais denso era o ambiente e mais rápido ele era arrastado para dentro”, disse o co-autor do estudo, Morgan MacLeod, um pós-doutorando no Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.
Os pesquisadores não detectaram outros planetas orbitando esta estrela, mas não descartam isso.
“É humilhante pensar em nosso próprio planeta encontrando um destino semelhante, e ainda mais perceber que somos muito pequenos para fazer o Sol experimentar uma explosão como esta aqui. Quando a Terra for eventualmente engolida, o Sol dificilmente notará”, disse MacLeod.
Veja quais asteroides já se aproximaram da Terra
-
Piano de cauda
Há um ano, em março de 2022, o asteroide 2022 EB5 atingiu o oceano. Ele media 2 metros de largura e foi comparado a um piano de cauda em equivalência de tamanho.
-
O maior edifício do mundo
O 2022 RM4, que passou próximo à Terra em outubro do ano passado, foi comparado, em tamanho, com o Burj Kalifa, prédio com 828 metros de altura localizado em Dubai.
-
Do tamanho de uma girafa
No mês de janeiro, o 2023 BU, que mede de 3,8 a 8,5 metros de largura, o equivalente a uma girafa, esteve a 9.877 quilômetros do centro da Terra.
-
Do tamanho de uma casa
Em março, o 2023 EY passou a apenas 240 mil quilômetros da Terra. Isso é um pouco menos de dois terços da distância Terra-Lua.
-
Anúncio publicitário -
Um grupo de asteroides
Também em março, pouco mais de cinco corpos rochosos passaram perto do planeta sendo que o mais próximo ficou a 3,5 milhões de quilômetros.
Piano de cauda
Há um ano, em março de 2022, o asteroide 2022 EB5 atingiu o oceano. Ele media 2 metros de largura e foi comparado a um piano de cauda em equivalência de tamanho.
Veja as melhores imagens do telescópio espacial James Webb
-
NASA/Divulgação #4
Constelação de Peixes
Setembro é um ótimo mês para observar a constelação de Peixes. Procure por suas estrelas e tente identificar a forma de um peixe no céu.O Quinteto de Stephan, um conjunto com cinco galáxias na constelação de Pegasus, foi o primeiro grupo de galáxias compactas descobertos em 1877.
-
NASA/Divulgação 2. Nebulosa de Eta Carinae ou Nebulosa Carina
Nebulosa de Eta Carinae ou Nebulosa Carina é uma das maiores e mais brilhantes nebulosas já vistas na história, posicionada a 7,6 mil anos-luz da Terra.
-
NASA/Divulgação 3. Nebulosa NGC 3132 ou Nebulosa do Anel Sul
A NGC 3132 é uma nebulosa planetária que fica localizada na constelação de Vela, por conta disso ela não para de crescer e ela está orbitando uma estrela que está prestes a morrer.
-
NASA/Divulgação 4. Planeta Júpiter, anéis e luas.
O James Webb já registrou imagens incríveis de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, e em algumas fotos aparece a Grande Mancha Vermelha, 79 luas conhecidas, os anéis e até algumas galáxias ao fundo.
-
Anúncio publicitário -
NASA/Divulgação 5. Campo Profundo de Webb
O Campo Profundo de Webb é a primeira imagem do Telescópio Espacial James Webb, o aglomerado de galáxias é uma das imagens infravermelha mais nítida e profunda do universo e possui diversos detalhes.
#4
Constelação de Peixes
Setembro é um ótimo mês para observar a constelação de Peixes. Procure por suas estrelas e tente identificar a forma de um peixe no céu.
O Quinteto de Stephan, um conjunto com cinco galáxias na constelação de Pegasus, foi o primeiro grupo de galáxias compactas descobertos em 1877.