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Algumas dessas credenciais, embora não todas, serão usadas para identidade.
Muitos que trabalham no espaço de gerenciamento de identidades estão preocupados com o fato das grandes corporações terem tanto controle sobre os dados mais pessoais e úteis de alguém. Essas empresas operam como ecossistemas fechados e são comerciais, o que pode implicar que em algum momento no futuro possam monetizar a autenticação ou verificação de identidade digital, algo que a maioria das pessoas que trabalham neste espaço consideram um direito e não um privilégio que exige pagamento.
Pode chegar um momento em que os cidadãos terão que escolher entre uma carteira governamental para identidade ou uma carteira privada ou solução comercial, pelo menos na UE. O Reino Unido pode achar mais fácil integrar a Big Tech em algum momento no futuro, uma vez que a abordagem do Reino Unido é mais sobre a construção de um conjunto de padrões e critérios com os quais as empresas comerciais podem operar no setor de identidade.
A próxima questão que a Big Tech está pensando é como “vincular” essas credenciais de identidade digital à pessoa real e genuína a quem elas devem pertencer.
No entanto, pode ser que a Apple esteja introduzindo um novo processo de vinculação para identidade digital com o lançamento do Apple Vision Pro. O headset de realidade estendida que foi lançado para um público bastante receptivo há menos de duas semanas, usa a biometria de forma a cimentar a relação entre o usuário, a plataforma, sua identidade e, presumivelmente, com o tempo, sua carteira.
Para utilizar o produto, o aparelho utiliza um novo tipo de biometria, a identificação por íris. Isso permitirá que os proprietários desbloqueiem o Vision Pro e o coloquem. Um recurso exclusivo, chamado Optic ID (que parece o próximo passo do ritual de reconhecimento facial da Apple introduzido com o iPhone X) torna isso possível. Alegadamente, a íris de um usuário é analisada sob exposições de luz LED invisíveis e combinada com os dados de identificação óptica totalmente criptografados do usuário, que são mantidos no dispositivo e não nos servidores da Apple.
Com o Vision Pro, o dispositivo escaneia seu rosto real o tempo todo, para que possa obter um alto nível de garantia de que você realmente é você. Atualmente, tudo isso está posicionado conforme necessário para representar seu rosto digitalmente nesses ambientes de realidade estendida. No entanto, se for bem-sucedido, será usado para permitir que você se identifique no mundo virtual com um alto grau de precisão e segurança.
*Tracey Follows é escritora e CEO da Futuremade.
(traduzido por Andressa Barbosa)