Para manter um ambiente saudável de navegação, Sophie garante que a rede é rígida em relação ao tipo de conteúdo. Não são permitidos, por exemplo, conteúdos fraudulentos, enganosos e ilícitos, como pornografia, informação íntima, incitação à violência, suicídio, drogas e ataques baseados em características sensíveis como raça, etnia, origem, religião, orientação sexual, gênero, identidade de gênero e deficiências. À Forbes Brasil, Sophie Carelli Wajngarten e Bianca Wajngarten falam sobre os desafios de apostar em uma nova plataforma social diante de tanta concorrência e os planos de expansão do Which.
Novas profissões em alta com a Inteligência Artificial:
Forbes Brasil – O Which foi lançado no ano passado, em essência, como e por que ele surgiu?
Sophie – Duas cunhadas, melhores amigas (por incrível que pareça) e publicitárias; que enxergaram uma oportunidade de ampliar a nossa troca no universo digital empreendendo em algo pouco explorado; influência do compartilhamento para desenvolver uma rede que entrega resposta a todo tipo de dúvida. A plataforma nasceu com a intenção de unir pessoas de uma forma em que todos possam se beneficiar: uma rede social colaborativa que te ajuda a tomar decisões e responde suas dúvidas. E isso sem depender de seguidores. Estamos seguindo a tendência do compartilhamento, no nosso caso, de opiniões e indicações, em tempo real.
Sophie – Atualmente, o Which ainda não possui IA por se tratar da versão inicial. No entanto, assim que aumentarmos o número de usuários e lançarmos a versão dois contaremos com conteúdo personalizado, monitoramento de postagens para base de dados, além do recurso do Big Data para classificar os usuários por localização, histórico de navegação e comportamento offline. Dessa forma a IA vai melhorar ainda mais a experiência dos nossos usuários, otimizando o uso do Which para as pessoas e para as empresas. Mas tudo isso vem depois de atingirmos um número maior de usuários.
FB – Quais públicos vocês pretendem alcançar na medida em que o serviço escale?
Sophie – Não acreditamos que o Which é para algum público em específico porque é um serviço, rede social e entretenimento que entrega respostas. Qualquer público pode questionar e/ou pesquisar ou até mesmo opinar em questões alheias. Futuramente o propósito do Which é agregar tantos dados que será um “Google” com respostas de curadoria humana, com filtros e IA para ainda mais precisão nas respostas.
FB – Chama atenção a promessa de que a enquete é respondida mesmo de quem não é influenciador. Vocês preveem que o formato possa atrair influenciadores de outras redes?
Bianca Wajngarten – Ao dizer que você terá respostas mesmo sem ser influenciador, queremos explicar que você pela primeira vez terá uma rede social em que pode postar e será visualizado por pessoas com os mesmos interesses sem depender de seguidores. Acreditamos que será uma grande ferramenta de interação dos influenciadores com seus públicos e com as marcas. Não podemos esquecer que de uma forma simplista podemos também enxergar o Which como uma pesquisa qualitativa gratuita e rápida.
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Bianca – Achamos que um dos pontos fortes do Which é a postagem anônima. Poder perguntar e ter sua resposta sem se expor é um grande diferencial além de ser a única rede social que permite isso. Conforme escrito acima, não depender de seguidores também é um grande diferencial. Todas as pessoas partem de um mesmo degrau ao ingressar no Which. O ranqueamento em real time também é um diferencial e um serviço que (ainda) não existia, agora existe. Nosso benchmark é o Waze e por isso dependemos necessariamente de uma explosão de usuários. Ao apresentar o Which é unânime a aprovação e empolgação das pessoas sobre a plataforma. É uma ferramenta que ao se tornar conhecida pode ser muito poderosa: pela utilidade, pelos dados e pela inovação. Por isso temos muita confiança na ideia e no futuro do Which. Obviamente para uma divulgação satisfatória necessitamos de um vultoso investimento. Nos encontramos no momento em que estamos conversando com possíveis investidores para essa fase. Esse é o desafio atual.
FB – Quanto foi investido para a criação da plataforma e qual o próximo passo no plano de crescimento?
Sophie – Investimos bastante no desenvolvimento do Which, algo em torno de seis dígitos. Escolhemos um designer da Espanha, um programador que desenvolve projetos para grandes marcas e um time bem preocupado com UX. Nesse momento temos como colaborador um social media incrível que nos ajuda a planejar a divulgação para a chegada dos grandes investimentos. Nosso objetivo é chegar a 1 milhão de usuários no próximo ano.