A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) entrou com um processo antitruste há muito aguardado contra a Amazon.com, nesta terça-feira, acusando a varejista online de prejudicar os consumidores com preços mais altos.
A medida é a mais recente ação legal do governo norte-americano visando quebrar o domínio na internet das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como “Big Tech”.
A ação, que contou com a adesão de 17 procuradores-gerais estaduais, ocorre na esteira de uma investigação de quatro anos e de medidas judiciais federais movidas contra representantes do Google, da Alphabet, e do Facebook, da Meta.
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“A FTC e os seus parceiros estaduais afirmam que as ações da Amazon permitem à empresa impedir que rivais e vendedores baixem os preços, reduz a qualidade para os consumidores, sobrecarrega vendedores, sufoca a inovação e evita que competidores concorram de forma justa contra a Amazon”, afirmou a agência em comunicado.
As ações da companhia caíam cerca de 3% na bolsa.
A Amazon disse que o processo da FTC é equivocado e prejudica os consumidores ao levar a preços mais altos e entregas mais lentas.
“As práticas que a FTC está desafiando ajudaram a estimular a concorrência e a inovação em todo o setor de varejo e produziram maior seleção, preços mais baixos e velocidades de entrega mais rápidas para os clientes da Amazon, e maiores oportunidades para muitas empresas que vendem na Amazon”, disse David Zapolsky, representante jurídico da companhia.
Outras alegações incluem que a Amazon deu preferência aos próprios produtos, em detrimento de concorrentes, em sua plataforma.
A presidente da FTC, Lina Khan, disse que a Amazon utilizou tácticas ilegais para afastar empresas que poderiam desafiar seu monopólio.
“A Amazon está explorando esse poder de monopólio para prejudicar os seus clientes, tanto as dezenas de milhões de famílias que compram na plataforma da Amazon como as centenas de milhares de vendedores que usam a Amazon para alcançar os consumidores”, disse.
A FTC também processou o Facebook durante a administração Trump, em ação que teve continuidade durante o governo Biden.