A resposta, muito calma, foi: “Eu mesmo”. E emendou que já havia admitido a si mesmo que tinha déficit de atenção e hiperatividade, que seus conhecidos já haviam aceitado a sua condição e que, por favor, eu não dissesse que ele não tinha o transtorno.
Leia também:
- Quanto mais exercício, menos remédio
- Como agir quando um colega de trabalho te confidencia um problema de saúde mental?
- Brasileiros se preocupam mais com saúde mental do que com câncer
O problema quando se fala em saúde mental é que o objeto não é tão claro quanto é, por exemplo, o da cardiologia, que é o coração, ou da ortopedia, que são os ossos. Nessas áreas da Medicina, os testes são muito objetivos: ou alguém trincou ou não trincou o osso; ou se tem uma veia entupida ou próxima de ficar obstruída ou não se tem.
Saúde mental é uma área que implica uma certa subjetividade; daí a necessidade do olho no olho entre médico e paciente. Só por meio uma boa avaliação, inclusive dos impactos que as queixas de um paciente trazem para a vida dele, é que podemos fazer um diagnóstico acertado. É bom lembrar que um mesmo conjunto de sintomas pode ser causado por várias coisas diferentes. Daí a importância de buscar um profissional de saúde mental quando se está sofrendo por alguma razão.
Autodiagnosticar-se pode ser perigoso. Além de alguém correr o risco de seguir estratégias que podem causar mais mal do que bem, o autodiagnóstico costuma levar ao aumento de ansiedade não só em você, mas em pessoas próximas a você.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.