Movimentação de cargas por portos privados do Brasil cresce 11% no 1º trimestre, diz ATP

18/05/2021
Paul Whitaker/Reuters

Os terminais privados operados por companhias como Vale, a Transpetro, Cargill e Bunge são responsáveis por cerca de dois terços da carga portuária total do Brasil

Os terminais portuários privados do Brasil movimentaram 185,3 milhões de toneladas em cargas no primeiro trimestre de 2021, alta de 11% em relação a igual período do ano passado, com impulso do comércio de minerais e commodities agrícolas, disse hoje (18) a ATP (Associação de Terminais Portuários Privados).

A movimentação de produtos florestais e outros derivados da celulose, incluindo o papel, registrou a maior alta no período, de 26,5%.

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O petróleo e derivados, com avanço de 19,5%, assim como as cargas de ferro e minério de ferro, que apuraram alta de 17,5%, também deram impulso às movimentações no primeiro trimestre, segundo os dados da ATP.

Os terminais privados operados por companhias como a mineradora Vale, a Transpetro e as tradings de grãos norte-americanas Cargill e Bunge são responsáveis por cerca de dois terços da carga portuária total do Brasil, disse hoje à Reuters o presidente da ATP, Murillo Barbosa.

Ele afirmou que a proporção têm se mantido estável nos últimos anos, acrescentando que os operadores domésticos de portos privados ajudaram o Brasil a se solidificar como um dos maiores exportadores de commodities do mundo.

Um aumento de quase 18% na movimentação de cargas conteinerizadas foi impulsionado pelo crescente comércio de carnes e produtos florestais do Brasil e por importações de plásticos e alumínio, de acordo com os dados trimestrais da ATP.

Barbosa disse que isso ocorreu apesar de um desequilíbrio global na distribuição de contêineres, que teve início com a pandemia e prossegue desde então.

Ele afirmou ainda que os terminais portuários do Brasil estão a caminho de quebrar o recorde de movimentação de 760 milhões de toneladas estabelecido no ano passado.

Em relação aos atrasos na safra de grãos do país, que limitaram a passagem dessas commodities pelos portos, Barbosa disse que este foi um evento de vida curta.

Mesmo com os atrasos causados pelo clima, a movimentação de granéis sólidos avançou 7% no primeiro trimestre, segundo a ATP. (Com Reuters)

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