O poder de compra de fertilizantes por agricultores do Brasil teve em julho um resultado pior do que o apurado em igual período do ano anterior, em meio a uma forte demanda, restrições de oferta no mercado internacional e recuo nos preços da soja e milho, segundo a Mosaic Fertilizantes ontem (17).
Segundo a companhia, o IPCF (Índice de Poder de Compra de Fertilizantes) atingiu 1,20 no mês passado, ante 0,90 em julho de 2020. Ambos têm 2017 como patamar-base, o que significa que os fertilizantes se mostram mais acessíveis do que no mesmo período daquele ano quando o indicador permanece abaixo de 1,00.
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O cálculo do IPCF leva em consideração a relação entre os preços de fertilizantes e as cotações de alguns dos principais produtos agrícolas brasileiros – soja, milho, açúcar, etanol e algodão. “Em julho, houve uma maior estabilidade do câmbio e apreciação dos preços das duas principais commodities do índice – soja e milho”, informou a Mosaic em nota.
“No entanto, o mercado de fertilizantes continua firme em função de uma demanda internacional aquecida e restrições do lado da oferta acentuadas por perdas de produção na América do Norte.”
Mesmo assim, a empresa acredita que a recuperação econômica global e a firme demanda por alimentos, além dos estoques mais apertados de grãos no mundo, devem seguir dando impulso ao uso de insumos agrícolas, incluindo os fertilizantes, diante de um aumento nas áreas de plantio e no uso de tecnologias.
A companhia também indicou que, mesmo com o vaivém no mercado, a rentabilidade das lavouras no Brasil ainda incentiva investimentos por parte dos produtores.
“Apesar das oscilações, é válido destacar que a rentabilidade das principais lavouras continua positiva, estimulando o investimento em tecnologia. O Brasil deverá colher em 2021/22 mais uma safra recorde de grãos e também deverá embarcar um volume recorde de fertilizantes”, afirmou o vice-presidente Comercial da Mosaic, Eduardo Monteiro. (com Reuters)
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