De acordo com nota do ministério, um dos casos foi identificado em um frigorífico de Nova Canaã do Norte (MT) e o outro em Belo Horizonte (MG). Os animais, de acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, eram “vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais”. Os animais foram identificados pelo Serviço de Inspeção Oficial antes do abate, sendo destinados ao abate sanitário isolado, como manda o protocolo. Em seguida, o Brasil notificou oficialmente o caso à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).
LEIA TAMBÉM: Produtores rurais contratam 36% a mais de crédito para a safra 2021/22
Vale registrar que os casos registrados no Brasil são atípicos, ou seja, não foi detectado nenhum caso da doença transmitida de um animal para outro e também não ocorreu pela ingestão de alimento contaminado. Nesse caso, a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos de reconhecimento do status oficial de risco do país, mantendo o Brasil como de risco insignificante para a doença. A EEB é considerada atípica quando originada dentro do próprio organismo do bovino, geralmente em animais velhos. Os dois casos atípicos são o quarto e o quinto no Brasil, desde que a doença reapareceu na Europa. Casos clássicos nunca foram registrados.
O primeiro caso de EEB clássica foi detectado em vacas e bois britânicos, em 1986, contaminados depois de ingerir rações compostas por partes de carcaças de carneiros infectados. Mais dois surtos aconteceram: em 1996 e 2000, com milhares de bovinos sacrificados em toda a Europa e Japão, levando o setor a perdas econômicas gigantescas. Ela é degenerativa, causada pelo acúmulo de um príon (pequena e resistente proteína) no cérebro. Quando a proteína atinge o sistema nervoso central do gado adulto, é transmissível e progride lentamente, levando à perda de equilíbrio e agressividade, daí o termo “vaca louca”. A doença não é transmitida a humanos, embora haja uma similar, conhecida cientificamente como DCJv (Variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob), que é neurodegenerativa causada por príons. (Com Reuters)
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.