O presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, também afirmou em apresentação hoje (28) que a empresa está avalia antecipar dividendos aos acionistas, a depender, entre outros fatores, do desfecho da discussão sobre tributação no Congresso.
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“A Itaúsa tem muita reserva que poderia usar para antecipar dividendos, mas ainda depende do que vai ser aprovado (no Congresso). A equação também não depende só da Itaúsa, mas daquilo que as outras empresas (da holding) farão”, disse o executivo a jornalistas, considerando pagamentos mais altos do Itaú Unibanco em 2018 e 2019 como “ponto fora da curva”.
A expectativa de Setubal é que a Itaúsa eleve a remuneração a acionistas nos próximos anos, em parte devido ao crescimento das outras empresas no portfólio de: Dexco, Alpargatas, Copa Energia, Aegea, NTS e XP.
A XP, aliás, é parte de um longo processo de desinvestimento da Itaúsa, reafirmou Setubal, que poderá usar os recursos das vendas de ações inclusive para dividendos dos acionistas, além de investimentos.
M&A
Setubal afirmou que a Itaúsa mantém a estratégia de diversificar seu portfólio e o foco de dispêndios em aquisições de participações de empresas da ordem de 500 milhões a 700 milhões de dólares. Nos últimos anos, a empresa investiu principalmente em segmentos industriais e de consumo, em companhias dos setores de petróleo e gás e consumo.
O executivo disse que o grupo avalia oportunidades em saúde e agronegócio, mas que até agora não encontrou um veículo para se expandir nessas áreas. A Itaúsa não tem intenção em fazer investimentos fora do Brasil, disse Setubal.
ENERGIA
Sobre o setor de transmissão de energia elétrica, Setubal disse que “se pudermos, vamos fazer investimento, sim”, uma vez que “gera muito caixa e traz oportunidades interessantes”.
Em energia, a empresa de gás liquefeito de petróleo (GLP) investida da holding, a Copa Energia, deve evoluir para além deste produto nos próximos anos.
Setubal, falando diante de imagens de paineis de geração de energia solar, não detalhou os tipos de energia em que planeja atuar, mas executivo da Copa disse que ela vem sendo consultada por potenciais clientes sobre o uso de GLP em geração, algo não totalmente possível pela lei atual, mas que está sendo discutido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
CONSTRUÇÃO
Setubal afirmou que o cenário macroecômico atual “é bastante desafiador para o atual governo e para o próximo” e comentou que há expectativa de “crescimento baixo (da economia) no próximo ano e possivelmente no ano seguinte também”.
“O nível de demanda segue fortíssimo e estamos operando todas as nossas linhas e fábricas à plena capacidade”, disse.
Segundo ele, apesar da alta nos juros, que pode atingir os financiamentos imobiliários, as taxas ainda estão em patamares bastante interessantes” para o setor. “Devemos ter um ano que vem aquecido, não vemos desaceleração que comprometa volumes e resultados (da Dexco) no próximo ano”, disse Oliveira. (Com Reuters)
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