A promoção de combustível renovável sob a agenda climática do presidente dos EUA, Joe Biden, provocará um aumento no uso de óleo de soja, reforçando um quadro mundial de maior consumo de safras básicas impulsionado pela China, afirmou Dan Basse, presidente da consultoria AgResource Co, na conferência GrainCom em Genebra.
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No entanto, a área plantada nos EUA pode ter atingido um teto, disse Basse, acrescentando que o crescimento da área de cultivo precisaria ocorrer principalmente na América do Sul, África e região do Mar Negro.
Para diesel renovável, a capacidade de produção dos EUA deve dobrar no próximo ano, com mais de 1 bilhão de galões de capacidade entrando em operação, disse ele.
Com os Estados norte-americanos impedindo as empresas de usar matérias-primas importadas para esse combustível, isso poderia, em teoria, criar a necessidade de mais 40 milhões de acres (16,2 milhões de hectares) de plantações de soja nos Estados Unidos, afirmou Basse.
Na China, a demanda por ração para gado, em parte devido à reconstrução do rebanho suíno do país após uma epidemia, tem apoiado as importações recordes de grãos.
A AgResource estima que as importações chinesas de grãos para ração atingiram quase 54 milhões de toneladas em 2020 – ou cerca de uma em cada quatro toneladas de grãos para ração comercializados em todo o mundo – e chegarão a um novo recorde de quase 57 milhões de toneladas em 2021, disse Basse. (Com Reuters)