Ele observou que o preço médio projetado dos fertilizantes para 2022 é de US$ 750 a tonelada, 130% maior do que o de 2021, em meio a preocupações com a oferta devido à guerra na Ucrânia e com o aumento do valor de matérias-primas como o gás, utilizado na produção de adubos nitrogenados.
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A redução nas entregas de fertilizantes em 2022 deverá ocorrer, segundo a MacroSector, após um resultado recorde em 2021, de 45,86 milhões de toneladas, quando o mercado aumentou em 13% ante 2020.
Ele explicou que os mercados de commodities agrícolas não estão tão remuneradores como ano passado, quando houve aumento de rentabilidade muito significativo do produtor brasileiro.
“Esse aumento que teve no ano passado é o que vai ajudar o produtor este ano, a ter um volume de compra (de fertilizante) satisfatório para poder ter um desempenho também satisfatório do negócio em 2023”, disse.
A MacroSector apontou ainda que os estoques iniciais de fertilizantes em 2022 somaram 7,27 milhões de toneladas, 1 milhão acima de 2021, um colchão razoável para enfrentar um ano de preocupações com oferta.
Já a produção brasileira de fertilizantes deve aumentar para 7,6 milhões de toneladas, versus 6,99 milhões em 2021.
As importações do Brasil, que devem atingir mais de 85% das vendas no país em 2022, estão estimadas em cerca de 37,5 milhões de toneladas, recuo de 4,5% ante 2021, quando atingiram patamares históricos acima de 39 milhões de toneladas.
“Está havendo uma antecipação de compras com medo de faltar o produto lá na frente, só que com esse preço é muito difícil manter o mesmo ritmo de compra, se o preço da soja ainda estivesse explodindo…”, disse.
As importações de fertilizantes químicos foram crescentes no primeiro quadrimestre e seguem mais fortes no acumulado de maio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que apontam aumento de 33% na média diária de desembarques no início do mês ante 2021.
Mas o consultor vê um ajuste para baixo das importações no segundo semestre, “porque não dá pra continuar comprando um produto que tem relação de troca desfavorável, porque o preço agrícola não tem subido”.