A BRS 437 é uma cultivar transgênica com resistência múltipla a doenças, com destaque para a mancha de ramulária, considerada a principal doença do algodoeiro no país. Como a ocorrência desta doença pode exigir cerca de oito pulverizações de fungicidas por safra em cultivares mais frágeis, a adoção da variedade por produtores de algodão pode reduzir custos com defensivos agrícolas.
Leia mais: Blockchain vai ao canavial para ajudar a produzir açúcar
O novo algodão transgênico também possui a tecnologia B2RF (Bollgard II Roundup Ready Flex), criada em 2013 pela Monsanto, empresa norte-americana atualmente detida pela Bayer, empresa química alemã de agricultura e farmacêuticos. O melhoramento genético confere resistência às principais espécies de lagartas que atacam o algodoeiro e ao glifosato, herbicida utilizado para matar ervas daninhas.
Outras novidades na Bahia Farm Show
Além do novo algodão transgênico, a Embrapa também lançará novas cultivares de gergelim e soja durante a Bahia Farm Show, que começou ontem (31) e vai até 5 de junho.
São duas cultivares de gergelim, chamadas de BRS Anahí e BRS Morena. A primeira possui desempenho agronômico superior às demais cultivares nas diferentes regiões do país, alta produtividade e características como sementes de película clara, maiores que as disponíveis no mercado, e adaptação à colheita mecanizada ou manual. Já a segunda é uma cultivar de coloração marrom avermelhada para o consumo in natura, com foco no mercado gourmet por seu sabor diferenciado.