O indicador também recuou 1,2 ponto comparado ao desempenho obtido nos três primeiros meses deste ano, mostraram os dados.
Ainda assim, o ICAgro permanece em um patamar otimista, por estar acima de 100 pontos — abaixo disso, o nível de confiança passa a ser considerado pessimista, de acordo com a metodologia do estudo.
Dentre os segmentos mensurados, a queda mais expressiva foi identificada na categoria “produtor agropecuário”, que atingiu 106,3 pontos no segundo trimestre, vesus 121,7 pontos um ano antes.
“O aumento do pessimismo em relação ao crédito foi marcante tanto entre pecuaristas quanto entre os agricultores. No primeiro semestre, a liberação de recursos para custeio caiu 17% em relação ao mesmo período do ano passado –um aperto significativo, ainda mais quando se considera a alta dos custos de produção”, disse o estudo.
No segmento “antes da porteira”, o indicador ficou em 109,8 pontos, abaixo dos 117,1 vistos um ano antes, mas acima dos 107,7 pontos do primeiro trimestre.
Ele disse que este temor diminuiu à medida que o Brasil conseguiu manter as importações de adubos e ainda alcançou volumes recordes em compras no primeiro semestre.
Já para a indústria “depois da porteira”, o indicador atingiu 114,5 pontos, contra 119,1 no segundo trimestre do ano passado e 117,4 nos três primeiros meses de 2022.
“O cenário de inflação e juros em alta ameaça os indicadores de consumo, o que é preocupante em setores como o de alimentos.”