Índice mundial de preços dos alimentos cai pelo quinto mês em agosto

2 de setembro de 2022
Getty Images

Os índices de preços de óleos vegetais, açúcar, laticínios e carnes caíram

O índice de preços mundiais da agência de alimentos das Nações Unidas caiu pelo quinto mês consecutivo em agosto, após ter atingindo recordes no início deste ano, já que a retomada das exportações de grãos dos portos ucranianos contribuiu para melhorar as perspectivas de oferta.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) disse hoje (02) que seu índice de preços, que acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, alcançou uma média de 138,0 pontos no mês passado, contra 140,7 (valor revisado) em julho.

O número de julho havia sido calculado anteriormente em 140,9.

O índice caiu de um recorde de 159,7 em março, atingido após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A leitura de agosto foi, no entanto, 7,9% superior à do ano anterior.

O índice de preços de cereais da FAO caiu 1,4% na base mensal em agosto, com a reabertura dos portos ucranianos do Mar Negro sob um acordo diplomático, bem como perspectivas favoráveis de colheita de trigo na América do Norte e na Rússia pesando sobre os preços, disse a agência.

Mas o índice de preços do milho subiu 1,5% no mês passado, uma vez que o clima quente e seco reduziu as perspectivas para a produção na Europa e nos Estados Unidos, disse.

Os índices de preços de óleos vegetais, açúcar, laticínios e carnes caíram, refletindo em parte a melhora da oferta.

Em estimativas separadas de oferta e demanda de cereais https://www.fao.org/worldfoodsituation/csdb/en, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,774 bilhões de toneladas, ante uma projeção anterior de 2,792 bilhões no início de julho.

Isso é 1,4% abaixo da produção estimada para 2021.

A previsão para a produção de cereais em 2022 foi cortada devido às perspectivas reduzidas para o milho por causa do clima no hemisfério Norte, com os rendimentos da União Europeia caindo 16% abaixo da média de cinco anos, disse a FAO.

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