Em uma reviravolta inesperada, um importador redirecionará 24,7 mil toneladas de fertilizante DAP que chegaram da Jordânia, mas que agora serão enviados para a Turquia nos próximos dias, disse a autoridade.
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“Há quatro ou cinco meses estávamos conversando sobre uma possível escassez de fertilizantes”, disse Jeferson Souza, analista da Agrinvest. “Agora não temos onde colocar o produto.”
Os raros acordos de reexportação de fertilizantes expõem os problemas logísticos do Brasil em um momento de ampla oferta e compra lenta de agricultores.
Após o início da guerra na Ucrânia, que provocou sanções ocidentais contra um grande fornecedor global, a Rússia, os preços dos fertilizantes subiram, e pairava uma ameaça de interrupções de fornecimento.
Mas a corrida do Brasil para importar fertilizantes durante os primeiros meses de 2022 aumentou os custos de armazenamento portuário e demurrage, uma penalidade que os operadores de navios de carga pagam quando enfrentam problemas de descarga, disse Antonina.
O Brasil, que depende de fornecedores externos para comprar 85% dos fertilizantes que necessita, importou 30,77 milhões de toneladas nos primeiros nove meses deste ano, um recorde.
Por isso, em todo o País, os portos estão “cheios” de fertilizantes importados que não foram distribuídos internamente, disse a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos) à Reuters na semana passada.
De acordo com Antonina, não haverá a incidência de tributos nacionais sobre as cargas reexportadas, pois estas permaneceram na área alfandegária do porto, que é considerada “neutra” do ponto de vista do comércio exterior.