O maior comprador mundial de soja restringiu as compras nos meses anteriores por causa dos elevados preços globais e dos baixos lucros do esmagamento da oleaginosa para produção de ração animal.
No entanto, as importações de setembro foram superiores às 6,88 milhões de toneladas de um ano antes, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas, e também superiores às 7,17 milhões de toneladas importadas em agosto.
Com os lucros da suinocultura aumentando desde o verão, a demanda por farelo de soja subiu, fazendo os preços dispararem nas últimas semanas devido à oferta restrita.
“As importações [de soja] de agosto estavam excepcionalmente fracas e os níveis de estoque já estavam começando a cair em julho e agosto”, disse Darin Friedrichs, cofundador da consultoria Sitonia Consulting, com sede em Xangai.
Embora as chegadas de setembro sejam maiores do que o normal para esta época do ano, as importações totais nos primeiros nove meses do ano ainda caíram 6,6% em comparação com o ano passado, em 69,04 milhões de toneladas.
Os altos preços e a fraca demanda do setor pecuário no início do ano reduziram o apetite pela compra de soja.
O aumento nas chegadas de setembro veio principalmente dos Estados Unidos, que embarcou 1,15 milhão de toneladas para a China no mês passado, acima das 169.439 toneladas em setembro de 2021, mostraram dados alfandegários.
As importações do Brasil caíram para 5,58 milhões de toneladas contra 5,936 milhões de toneladas no ano passado.