Na mesma linha, a semeadura de milho verão aumentou de 58% para 67% das áreas do Estado.
Leia mais: Desmatamento evitado deve ter valor para o Brasil, diz CEO do Banrisul
Levantamento do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), ligado ao governo estadual assim como o Deral, indica que a precipitação total de setembro ficou acima de 175 milímetros na maior parte do Estado. No oeste, as chuvas chegaram a 300 milímetros e até a máxima de 375 milímetros foi vista mais ao sul.
Apesar dos avanços semanais, os percentuais de plantio estão abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado, quando haviam 16% da soja e 75% do milho semeados no Paraná.
No entanto, Gervásio afirmou que a diferença entre os anos envolve diversos fatores, inclusive o planejamento do agricultor –no caso, a indicação é que ele buscou semear logo para ter uma melhor janela climática para o milho na segunda safra.
O Estado terminou o mês de setembro com 9% da área semeada, ante média histórica de menos de 3% para o mês, disse o analista.
“O milho fechou com plantio de 58% da área no mês passado. Historicamente, fechava setembro, em média, com 34%”, acrescentou Gervásio.
Do ponto de vista de qualidade, praticamente toda a soja está em condições boas (99%), assim como 93% do milho primeira safra, conforme classificação do Deral.
Trigo
No caso do cereal de inverno, as chuvas têm dificultado os trabalhos, de acordo com o especialista em trigo do Deral Carlos Hugo Godinho.
“Apesar de termos andado mais 5 pontos (na colheita), com certeza essas lavouras não foram colhidas com a umidade ideal e devem estar com uma qualidade inferior ao que seria se tivéssemos uma sequência de tempo mais seco”, disse ele.
Na avaliação do departamento, as lavouras de trigo consideradas boas caíram de 76% para 73%, as médias aumentaram de 22% para 23% e as áreas avaliadas como ruins saíram de 2% para 4%.