A soja negociada na bolsa de Chicago tinha leve alta no início de hoje (7), mas permanecia no caminho para um terceiro declínio semanal, pressionada pela desaceleração das compras do principal importador, a China, e pelas expectativas de produção recorde no Brasil.
Os preços do trigo subiam devido às preocupações com a produção na Rússia e na Ucrânia, embora o mercado esteja pronto para sua primeira queda em três semanas.
“A demanda chinesa por soja está lenta e há estimativas de uma grande safra no Brasil, embora seja um pouco cedo porque a safra ainda não foi plantada”, disse um analista em Sydney.
O contrato de soja mais ativo em Chicago subia 0,3%, a US$ 13,62 por bushel, apontando para perdas nas últimas três semanas para mais de 6%.
O trigo rumava para uma queda de 4% nesta semana, enquanto o milho, meio por cento no mesmo período.
As importações de soja pela China devem cair para o menor nível em mais de dois anos neste mês, aumentando o aperto na oferta de importante ingrediente de ração animal e agravando os problemas dos fabricantes de ração para suínos do país.
As chegadas de soja na China, o maior importador do mundo, estão estimadas em cerca de 5 milhões de toneladas em outubro, de acordo com dois traders e Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney.
Importações de 5 milhões seriam as mais baixas desde março de 2020.
A chegada das chuvas em setembro permitiu um início promissor para a safra 2022/2023 da soja no Brasil, com os agricultores prestes a colher um recorde de 150,62 milhões de toneladas, apesar dos riscos de seca associados ao fenômeno climático La Niña no sul do país, segundo uma pesquisa da Reuters.
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