No conselho da companhia, uma das cadeiras é ocupada por José Luiz Glaser, que trabalhou na Cargill por 27 anos. “Falo que ele foi meu chefe a vida inteira. Primeiro na Cargill, e depois no meu conselho”, brinca Queiroz. “Como trader, tem a capacidade de combinar as diversas informações e, principalmente, filtrar.”
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Queiroz também cita como uma mentoria primária o pai e a infância em Barretos (SP), município “pequeno e sem muito o que fazer”, onde vivia em constante observação. “Era movido pela curiosidade”, diz ele. O pai, Edivar Vilela de Queiroz, tinha uma empresa de transporte de gado na década de 1970 e viajava pelo país. “Ele usava um rádio amador e eu ouvia muito sobre mercado”, lembra. “Tinha habilidade de negociar, estar com as pessoas, ser diplomático e construir times.”
A escola pública, outra marca da infância, trouxe o conceito de diversidade. “Estudei a vida inteira em escolas estaduais, até porque não havia colégio particular na época. Sempre tive contato com grupos muito heterogêneos, pessoas de diferentes backgrounds, de classes sociais, e tudo isso me moldou.”
Para o executivo, “a humildade é fundamental, aprender com os próprios erros também. Resiliência é saber que não existe um único caminho. Um novo caminho é construído passo a passo, tirando cada uma das pedras do caminho.”
Em agosto, o valor de mercado da Minerva na B3 era de R$ 8,2 bilhões. “Entre 2008 e 2014 foi um período de consolidação muito difícil em nosso setor”, afirma Queiroz. “A equipe toda foi colocada à prova. Mesmo nos momentos difíceis, a gente tinha o caminho para perseverar, o que, junto com a resiliência, está em meus soft skills.”
Reportagem publicada na edição 101 da revista Forbes, em setembro de 2022.