A Oceanium foi fundada em 2018 pelos cofundadores, Charlie Bavington, doutor em bioquímica e pós-doutor em produtos marinhos naturais, e Karen Scofield Seal. Foi, inicialmente, formada para estudar a possibilidade de fazer embalagens biodegradáveis a partir de algas marinhas como meio para enfrentar a crescente crise de resíduos plásticos nos oceanos.
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Bavington disse que essas aplicações incluem embalagens solúveis à base de algas marinhas, fibras têxteis e revestimentos de filme. De acordo com o pesquisador, os polímeros naturais das algas marinhas são altamente duráveis e biodegradáveis, o que os torna ideais para embalagens compostáveis.
A empresa também desenvolveu um produto de fibra que pode ser usado como espessante em panificação sem glúten ou smoothies de frutas, e fucoidan e beta-glucano extraídos de algas marinhas para serem usados em uma variedade de produtos nutricionais e cosmecêuticos.
Ele acrescentou, também, que só trabalham com algas marinhas cultivadas de forma sustentável, porque as algas marinhas selvagens são um habitat marinho vital que deve ser protegido. “Há muitos benefícios ambientais e econômicos que vêm com a habilitação da indústria de cultivo de algas marinhas”, disse Bavington. “Pode ajudar a criar empregos ao longo das regiões costeiras em todo o mundo e aumentar a resiliência também.”
De acordo com a executiva, mais investidores estão descobrindo o potencial mercado da economia azul, que deve valer US$ 3 trilhões (R$ 16 trilhões) até 2030. Karen disse, ainda, que a agricultura marinha, incluindo algas cultivadas, também deve ser o componente de crescimento mais rápido da indústria global de produção de alimentos.
“Há uma grande oportunidade para os investidores da economia azul se envolverem, porque os produtos que estamos fabricando são muito procurados e têm um valor agregado de sustentabilidade”, afirma Karen.
Paul Dobbins, diretor sênior de investimentos de impacto do WWF, disse que investiu no Oceanium porque quer ver o cultivo de algas marinhas avançado no Atlântico Norte e na Orla do Pacífico Oriental, e pelos benefícios sociais e climáticos que o cultivo de algas marinhas oferece.
* Jamie Hailstone é colaborador da Forbes EUA e escreve há cerca de duas décadas. Já foi editor do Air Quality News and Environment Journal, entre outros trabalhos.