O índice ISE B3, lançado em 2006, acompanha o desempenho médio dos preços das ações emitidas por empresas que se destacam pelo seu compromisso com a sustentabilidade empresarial. Um dos objetivos do ISE B3 é apoiar os investidores na tomada de decisão de investimento e induzir as empresas a adotarem as melhores práticas de sustentabilidade, tendo em vista as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança Corporativa, na sigla em inglês). Atualmente, 46 empresas fazem parte do índice e a nova carteira deverá contar com 70 companhias.
“Essa é uma das conquistas mais importantes de 2022, pois impactará diretamente na consolidação e protagonismo da empresa em ESG”, diz Álvaro Dilli, diretor de RH, sustentabilidade e TI da SLC Agrícola. “Esse é um avanço muito importante, que vai fazer diferença para o mercado financeiro e para a empresa.” A SLC está há 15 anos na bolsa de valores.
LDC e Koppert fazem parceria para vender biodefensivos
O que deve ajudar é que a empresa tem toda a sua operação de insumos integrada à estrutura de originação de grãos e oleaginosas. A estratégia visa a ampliar a transição para cadeias de valor de baixo carbono. Segundo a Koppert, o setor deverá crescer 300% até 2030, atingindo valor total de mercado de US$1,8 bilhão no país e US$ 23 bilhões no mundo. A LCD repassará os insumos por vendas diretas ou barter, que é a troca de produtos por grãos.
A oferta dos biológicos começará pelos estados de Mato Grosso e Goiás, seguidos pelas demais regiões. “É uma iniciativa fundamental para fortalecer o nosso compromisso de fornecer soluções mais completas e diversificadas”, afirma Bruno Andrade, diretor comercial de insumos da LDC no Brasil. “A LDC comercializa insumos no país desde 2011, com os defensivos representando cerca de 10% dessas vendas.”
Agroboard abre rodada de captação via crowdfunding
A Agroboard, startup que mensura a exposição de risco de commodities, está com uma rodada de investimentos aberta para captação de R$ 1,5 milhão, via. A startup já conseguiu cerca de R$ 1,2 milhão pela Arara Seed, plataforma de investimentos focada em agtechs e foodtechs, até a primeira semana de dezembro. A rodada de investimentos está sendo possível graças à valuation da agtech, de R$ 22 milhões.
George Hiraiwa, head de relações institucionais do Cocriago, mostra que os números da startup são sólidos e surpreendentes. “Até outubro deste ano, já havia sido transacionado mais de R$ 77 bilhões dentro da plataforma, com faturamento previsto para este ano de R$ 2 milhões, um crescimento de 4,5 vezes em dois anos.”
Concessão dos selos Arte e Queijo Artesanal tem novos requisitos
Os órgãos de agricultura e pecuária federal e municipais já podem conceder o Selo Arte e o Selo Queijo Artesanal. A portaria n° 531, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabelece os requisitos para concessão dos selos pelos órgãos de agricultura e pecuária federal, estaduais, municipais e distrital foi publicada na seção extra no Diário Oficial da União na segunda (19).
“Tivemos um grande crescimento de concessões quando olhamos para dois anos atrás, quando tínhamos apenas 45 selos concedidos. Então, o que vislumbramos com essa política, é o estímulo à formalização dos produtores brasileiros, e com isso gerar mais emprego, renda e mais segurança na comercialização dos produtos”, diz Marcella Teixeira, coordenadora-geral de Produção Animal do Mapa.
Os selos garantem que os alimentos possuem características tradicionais, regionais e culturais, com a novidade de concessão também para produtos autorais, considerados inovações no país. No caso do Selo Arte, ele pode ser concedido a produtos lácteos, cárneos, pescados e seus derivados e produtos de abelhas. Já o Selo Queijo Artesanal é um certificado que assegura que os queijos artesanais foram elaborados por métodos tradicionais com vinculação e valorização territorial.
Projeto Carbono da Três Tentos certifica 40 produtores gaúchos
A Três Tentos, empresa gaúcha do agronegócio, termina 2022 com 40 produtores de soja do Rio Grande do Sul mostrando que essas propriedades apresentam uma baixa pegada de carbono, sendo elegíveis para a geração e comercialização de crédito de carbono. A primeira fase do Projeto Carbono foi realizada com 21 fazendas no bioma Pampa e 19 fazendas no bioma Mata Atlântica, cobrindo uma área total de 40.962 hectares.
A pegada de carbono média auferida nessas áreas ficou em torno de 450 kg de carbono por tonelada de grão, onde foram computados os insumos agrícolas utilizados para a produção da soja, em conjunto com a produtividade total. A transformação dos insumos utilizados pelos agricultores em quilogramas de carbono e consequentemente a mensuração da pegada de carbono da soja seguiu diretrizes científicas conhecidas no âmbito nacional e internacional, como o GHG Protocol, IPCC e Renovabio. A elegibilidade prévia das propriedades rurais foi realizada por meio de cruzamento de dados em plataformas públicas como o MapBiomas e Pronasolos.
A próxima etapa será a venda dos créditos de carbono e monetização para os participantes. O projeto, que a partir de 2023 tem os fundamentos de um programa de ESG, também será estendido para mais de 500 produtores do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso.
Parceria amplia acesso às soluções agrícolas da UPL em plataforma digital
Em parceria com a startup AgriAcordo, UPL vai apresentar seu portfólio de soluções agrícolas por meio do comércio online como parte de um marketplace que conecta indústrias atacadistas de agroinsumos, revendas e distribuidores para a transação de negócios business-to-business (B2B). Na plataforma, a multinacional deve negociar parte de seu portfólio que chega a 14.000 registros entre soluções biológicas e tradicionais de proteção de cultivos.
Para Renato Seraphim, CMO da UPL, a decisão de participar da startup está relacionada à aproximação com empresas de forma facilitada, digital, e faz sentido com o olhar constante da companhia para a inovação. “É uma possibilidade inovadora que queremos, em conjunto com os nossos distribuidores, gerenciar melhor preços de ponta, reduzir estoques, melhorar o gerenciamento do ciclo de vida de nossos produtos”, diz ele.
AGCO Power lança motor agrícola compatível com combustíveis alternativos
A AGCO, fabricante de máquinas, motores e equipamentos, apresentou nesta semana a sua nova linha de motores desenvolvida pela AGCO Power, sua marca global de motores, resultado de investimento de 50 milhões de euros (R$ 174 milhões na cotação atual.
Os propulsores a diesel foram projetados para serem compatíveis, no futuro, com combustíveis alternativos, como hidrogênio, etanol, metanol e biogás, buscando a redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Com pequenas mudanças, a plataforma dos novos motores permitirá aplicações híbridas elétricas, com excelente desempenho “, explica Fernando Silva, coordenador comercial AGCO Power. O novo propulsor também é compatível com HVO renováveis, conhecidos como “diesel verde” e produzidos a partir de óleos vegetais hidratados. Os motores serão fabricados em Linnavuori, na Finlândia, e comercializados inicialmente no mercado europeu de tratores de sua marca Fendt. A empresa informou que para o Brasil ainda não há previsão para a chegada dos novos motores.