Café arábica sobe na ICE por ritmo lento das vendas de produtores

6 de dezembro de 2022
Adriano Veiga

Cafeeiro arábica irrigado no Cerrado

Os contratos futuros do café arábica na ICE subiram hoje (6), impulsionados em parte pelo ritmo lento das vendas dos produtores no Brasil e na Colômbia, enquanto os preços do robusta também subiram porque as chuvas no Vietnã levaram a preocupações sobre a qualidade da colheita.

Café

O café arábica de março fechou em alta de 0,9 centavo, ou 0,6%, a 1,63 dólar por libra-peso.

Os revendedores disseram que um fortalecimento do real brasileiro em relação ao dólar poderia desencorajar ainda mais as vendas dos produtores no maior produtor mundial, reduzindo os preços denominados em dólares em termos de moeda local.

A Colômbia produziu 1,06 milhão de sacas de 60 quilos de café arábica lavado em novembro, uma queda de 6% em relação ao mesmo mês do ano passado devido às fortes chuvas.

O café robusta de janeiro subiu 17 dólares, ou 0,9%, para US$ 1.916 (R$ 10.037) a tonelada.

Os comerciantes disseram que a colheita no principal produtor de robusta, o Vietnã, estava agora cerca de 60% completa, com algumas preocupações de qualidade após as chuvas recentes.

Açúcar

O açúcar bruto de março caiu 0,16 centavos, ou 0,8%, a 19,39 centavos de dólar por libra-peso, com a queda dos preços do petróleo e a Petrobras cortando os preços da gasolina.

A queda dos preços da energia reduziu o incentivo para as usinas brasileiras produzirem etanol, levando a uma maior produção de açúcar.

Os comerciantes notaram que as chuvas recentes no centro-sul do Brasil, no entanto, interromperam a colheita da cana, enquanto também houve um início lento da colheita na Tailândia.

O açúcar branco de março caiu US$ 4,20 (R$ 22,00), ou 0,8%, para US$ 534,90 (R$ 2.802) a tonelada.