“A Influenza Aviária está muito pesada nos Estados Unidos, Europa com muitos casos… Japão também tem sido muito afetado”, disse à Reuters o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
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O Brasil nunca registrou casos da doença, disse a ABPA, o que contribuiu para ganho de competitividade frente aos concorrentes com problemas sanitários.
Ele ainda acredita que o aumento de custos de produção na Europa com itens como energia e grãos, em função da guerra entre Ucrânia e Rússia, também deve contribuir para que os países europeus busquem a carne fora do continente.
A produção e exportação de carnes de frango e suína do Brasil crescerão em 2023, conforme previsão da ABPA divulgada em dezembro.
A receita obtida com as exportações alcançou 9,762 bilhões de dólares, outro resultado histórico, com alta de 27,4% ante 2021, com ajuda adicional de preços mais altos, relatou a ABPA, que representa empresas como a BRF e JBS.
“A reconfiguração do mercado internacional de proteína animal, marcado pelos efeitos do conflito no Leste Europeu, do aumento dos custos de produção na União Europeia e do quadro sanitário da avicultura nos cinco continentes, está entre os fatores determinantes para os recordes registrados…”, disse Santin em nota.
“Neste contexto, o Brasil… deve sustentar os mesmos patamares de exportações em 2023”, acrescentou ele.
Contudo, houve aumento de 9,2% na receita de exportações de carne de frango em dezembro, chegando a 785,2 milhões de dólares.
Entre os principais destinos de exportações do Brasil em 2022, a China seguiu como o principal, com 540,5 mil toneladas importadas, mas um volume 15,6% menor que o registrado em 2021.
Em segundo lugar, os Emirados Árabes Unidos importaram 444,9 mil toneladas no ano passado, superando em 14,2% o total embarcado no ano anterior.