Alguns painéis uniram especialistas que estão revolucionando a produção e que podem, num futuro próximo, transformar a nossa agropecuária, aliando uma produção mais saudável e sustentável para o produtor, consumidor e para o planeta.
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O segundo caso foi da empresa Agrosmart, presente em 9 países, cobrindo 48 milhões de hectares, que através de monitoramento climático e sensores, auxilia na tomada de decisão (pulverização, plantio, colheita) e gestão mais adequada de sistemas de irrigação, gerando economia de até 35% de recursos como água e energia. Foram apresentados outros casos como Pink Farms, Aegro e iRancho.
A dor comum entre as empresas e produtores rurais que adotam tecnologia é a falta de mão de obra especializada para analisar os dados fornecidos por estes equipamentos ou plataformas, desta maneira, surgiu a parceria com a Soul Code, uma startup que dá oportunidade a pessoas carentes de se especializarem como profissionais de tecnologia. Segundo Natasha Caiado, o painel visou dar protagonismo e voz à mulher empresária rural, para que as discussões aconteçam e os problemas tenham soluções. “Colocar um painel levando inovações do agro Brasileiro, apresentado por mulheres, no festival mais inovador do planeta, dá a sensação de dever cumprido, de ter puxado os holofotes e dado microfone para o setor”, disse Caiado.
De acordo com Akbay, o desafio é transformar esta alga selvagem em uma lavoura comercial, de maneira sustentável, escalável, processando e distribuindo até onde o gado está nas propriedades rurais. Depois de descobrir como cultivá-lo, o próximo passo é tornar viável a longo prazo. Carman, que é produtora, juntamente com 10 outros produtores têm pesquisado e mensurado como o gado pode colaborar para a saúde do solo. Juntamente com a pesquisadora Radil agora estão procurando benefícios adicionais do suplemento para a saúde animal, assim como realizando painéis de degustação da carne de animais alimentados com o suplemento de algas para verificar a aceitação ao produto.
Segundo Radil, nossa dependência de combustíveis fósseis é o grande problema quando se fala em mudanças climáticas, entretanto a mudança do uso da terra, junto com agropecuária e o sistema alimentar alegadamente é responsável por mais de 30% das emissões de gases de efeito estufa, entretanto, existem muitas soluções para mitigação sendo estudadas e implementadas.
Vem muita coisa boa por aí, o agro continua sempre na vanguarda, pujante e inovador, buscando soluções para uma produção mais eficiente, usando menos recursos.
*Helen Jacintho é engenheira de alimentos por formação e trabalha há mais de 15 anos na Fazenda Continental, na Fazenda Regalito e no setor de seleção genética na Brahmânia Continental. Fez Business for Entrepreneurs na Universidade do Colorado e é juíza de morfologia pela ABCZ. Também estudou marketing e carreira no agronegócio.
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