Em vez disso, se viu uma longa lista de tendências do setor, principalmente consumíveis, como CBD (canabidiol), CBG ( canabigerol), CBN (canabinol), THCV ( tetrahidrocanabivarina), Delta-8 THC (Delta-8-tetrahidrocanabinol, HHC (hexahidrocanabinol), flor de cânhamo, canabinóides raros e similares. Muitos desses ingredientes são controversos e tendem a causar uma divisão na indústria.
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No entanto, o Congresso presenteou esses empresários com uma linguagem simples e a mais ampla possível (que, de acordo com a lei, dita a intenção do Congresso) de autorização/legalidade, ao declarar todos os sais, isômeros, derivados, compostos e extratos da planta como lícitos, substâncias não controladas e materiais regulamentados por lei.
Além disso, o 9º Circuito (tribunais de apelação no país) avaliou alguns desses compostos controversos, como o Delta-8 THC, e considerou que eles se encaixam “confortavelmente” nas definições da Farm Bill. Desnecessário dizer que isso causou um rebuliço na indústria de cânhamo dos EUA. Mas toda a “família” de usos do cânhamo deve ser considerada, e ignorar esses itens, ou difamá-los, é improdutivo e sem sentido.
O que se viu, até agora, foi uma formidável inovação na genética do cânhamo, particularmente no que diz respeito às variedades de fibras e grãos, e as novas opções de variedades da planta agora oferecidas aos agricultores norte-americanos. Isso serve para acelerar os mercados de cânhamo industrial.
Além disso, a infraestrutura de processamento de grãos e fibras de cânhamo (decoração) foi muito desenvolvida nos últimos anos. Esses grandes avanços posicionaram as operadoras dos EUA para um tremendo crescimento do mercado, em relação aos ingredientes e materiais do cânhamo, o que é realmente digno de comemoração no setor.
Mas o que de fato se mostra relevante é o desenvolvimento do cânhamo como um meio de gestão para ESG (ambiental, social e governança). Empresas de grande porte que exigem programas ESG, em função das demandas dos investidores baseadas em leis, ou a qualquer outra demanda nesse sentido, estão recorrendo ao cânhamo e às empresas de cânhamo para aquisição e/ou integração.
Por que? Porque o cânhamo está posicionado de forma única para fornecer uma base viável/convincente para o desenvolvimento interno de políticas ESG. Ou seja, existe um crescimento que vem sendo contido na indústria de cânhamo dos EUA. Basta dar uma bisbilhotada no mercado para conferir.
- Robert Hoban é colaborador da Forbes EUA. É advogado especialista e líder do grupo Clark Hill Law. Em 2018, fundou a Gateway Proven Strategies, consultoria global em cannabis, e em 2022 cofundou a cTrust, primeira empresa de pontuação, classificação e monitoramento de crédito para a indústria de cannabis.