Denominado de Iniciativa de Grãos do Mar Negro, o pacto foi mediado pelas Nações Unidas e pela Turquia em julho passado com Rússia e Ucrânia para tentar aliviar uma crise alimentar global agravada pela invasão de Moscou na Ucrânia. Ele abrange três portos, mas nenhum navio foi autorizado a viajar para o Porto de Pivdennyi (Yuzhny) desde 29 de abril, disse a ONU.
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A Ucrânia acusou a Rússia na terça-feira (23) de cortar efetivamente o porto de Pivdennyi do acordo do Mar Negro, enquanto a Rússia reclamava que não tinha conseguido exportar amônia por meio de um duto para Pivdennyi sob o acordo.
A ONU disse nesta sexta-feira (26) que o acordo do Mar Negro também prevê a exportação de fertilizantes, incluindo amônia, mas “não houve tal exportação até agora”.
Inspeção baixa
Sob o acordo de exportação de grãos do Mar Negro, um JCC (Centro de Coordenação Conjunta) em Istambul – composto por funcionários da Ucrânia, Rússia, Turquia e da ONU- autoriza navios e realiza inspeções de entrada e saída das embarcações.
Nenhum novo navio foi registrado na quinta-feira pelo JCC, mas dois foram acordados nesta sexta-feira, disse a ONU, acrescentando que atualmente existem 13 navios carregando em portos ucranianos – seis em Chornomorsk e sete em Odesa.
Ele também disse que o número médio de inspeções diárias de entrada e saída caiu para 3,2 em maio – o nível mais baixo desde o início das operações em agosto.
A Rússia sinalizou na quinta-feira (25) que, se as demandas para melhorar suas exportações de grãos e fertilizantes não forem atendidas, não estenderá o acordo além de 17 de julho. O país fez a mesma ameaça e exigências em março, antes de concordar na semana passada em renová-lo por 60 dias.