O valor do investimento é uma proposta para análise e estudo, disse a assessoria de imprensa da Coamo nesta sexta-feira (19), ao comentar reportagem do jornal Valor Econômico publicada na véspera.
O investimento elevaria a capacidade estática da Coamo em 400 mil toneladas, e ajudaria a cooperativa a enfrentar um déficit de armazenagem resultante de uma grande colheita e lentas vendas de produtores na temporada 2022/23.
O déficit de armazenagem do país deverá ser agravado na segunda safra de milho, que novamente caminha para recorde, o que potencialmente pressiona os prêmios de exportação nos portos e consequentemente os preços do cereal.
Por isso, a importância do investimento em armazenagem, o que permite ao produtor eventualmente adiar vendas, se a cotação do mercado cair muito.
A Coamo confirmou ainda que projeta um déficit de 1,35 milhão de toneladas em capacidade de armazenagem, considerando a sua capacidade atual (de 7 milhões de toneladas) mais os volumes de soja e milho já recebidos até o último dia 10.
Em entrevista à Reuters em fevereiro, o presidente do Conselho de Administração da cooperativa, José Aroldo Gallassini, disse que a Coamo estava alugando estruturas de armazenagem e recorrendo a alternativas provisórias como “silos bags” para lidar com a safra recorde.
A Coamo tem sede em Campo Mourão, no Paraná, segundo Estado produtor de grãos do Brasil, mas atua também em Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.