Isso representaria um crescimento de 8,8% na comparação com a safra 2022/23 encerrada em março, que totalizou 73,5 milhões de toneladas.
Em 22/23, a companhia reduziu sua moagem em 3,4% na comparação com o ciclo anterior, ainda sob efeitos da consequência do clima desfavorável e de uma redução da área plantada, com a empresa focando a renovação do canavial em boa parte das áreas remanescentes.
“Estamos muito confiantes com os 80 milhões“, destacou.
Segundo ele, o único risco é a ocorrência do El Niño, que geralmente resulta em um regime de chuvas mais intensas, o que atrapalha a colheita e consequentemente a moagem.
Ele lembrou que a companhia acelerou a reforma do canavial para obter maior produtividade média, o que ajudaria a Raízen a reduzir a sua ociosidade nas usinas.
Uma safra com maior produtividade é favorável também pois dilui custos fixos, de diesel, fertilizante e mão de obra, despesas estas que arrefeceram. “Estamos bem confiantes para a performance agroindustrial desta safra.”
O CFO afirmou que a empresa concluiu, diante da grande capacidade ociosa, que não fazia sentido levar adiante uma negociação para fazer oferta de aquisição da BP Bunge.
“Como líderes do mercado, temos obrigação de olhar todas as oportunidades que surgem, mas temos 73 milhões de moagem efetiva e capacidade de 105. Pra que angariar mais capacidade?”, disse. “Fazia sentido olhar, mas não fazia sentido se engajar.”
“Estamos expandindo o nosso negócio, com três plantas em construção. A quarta e a quinta estão em terraplanagem. Vamos entregar uma planta nova em agosto”, disse ele.
O executivo afirmou que, após uma disparidade entre gasolina etanol no ano passado, por questões tributárias, a expectativa é de uma normalização para o mercado do biocombustível este ano.
Ele afirmou ainda que está mais confiante em um crescimento maior do mercado de diesel no Brasil, em razão de uma queda de preços e uma safra recorde de grãos, que demanda mais o combustível, entre outros fatores.