À Reuters, a JBS afirmou que a unidade será a maior do mundo de carne produzida em laboratório. Quando as obras estiveram finalizadas, em meados de 2024, a fábrica poderá produzir mais de mil toneladas de proteína cultivada por ano, podendo ampliar sua capacidade para 4 mil toneladas anuais a médio prazo.
Esse movimento deverá contribuir para diversificar ainda mais o portfólio de produtos da JBS, que já atua nas principais proteínas animais, sendo a maior produtora global de carnes.
A JBS é a acionista majoritária da empresa espanhola, líder europeia no setor de proteína cultivada, com uma participação de 51%. A unidade está sendo construída em San Sebastián.
Segundo Noronha, a fábrica permitirá à BioTech Foods oferecer proteína cultivada “como um produto inovador, que atenderá à demanda do consumidor por produtos alimentícios saudáveis, saborosos e sustentáveis”.
Executivos do setor disseram à Reuters no início do ano que a carne de laboratório, produzida em grandes tanques de aço a partir de células de animais, poderia estar no menu de restaurantes em breve, após uma companhia conseguir um importante aval regulatório para seguir adiante.
Neste contexto, a JBS vem anunciando investimentos no setor, nos últimos anos. A unidade em São Sebastián terá aportes de US$ 41 milhões.
“A BioTech Foods conta com a tecnologia e a capacidade para produzir proteína em larga escala… Com os desafios impostos às cadeias de abastecimento globais, a proteína cultivada oferece o potencial de estabilizar a segurança alimentar e a produção global de proteína“, avaliou o cofundador e CEO da BioTech Foods, Iñigo Charola, em nota.
A JBS afirmou que a BioTech Foods planeja aumentar gradualmente sua capacidade produtiva para atender à crescente demanda dos consumidores, e vê como mercados-chave Austrália, Brasil, União Europeia, Japão, Cingapura e Estados Unidos.
O objetivo é desenvolver tecnologia de ponta 100% brasileira para produzir proteínas alternativas.