Algumas escolhas e mudanças políticas exacerbaram a incerteza para consumidores, investidores e provocaram a perda da confiança, como o reflexo do aumento do endividamento e da derrocada dos preços imobiliários. As implicações do envelhecimento já levaram a novo aumento da elevada taxa de poupança para os atuais 33,3%. Isso significa menos dinheiro circulante naquela economia.
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Um ponto de importância que a história nos mostrou é que uma redução do crescimento do PIB da China não, necessariamente, representaria a queda de consumo de carne bovina. Porque se fosse uma contração do PIB, sim, mas uma redução da taxa de crescimento, mas que ainda seria crescimento, não representaria, necessariamente, uma queda de consumo, principalmente se a taxa de crescimento da população não acompanhar o crescimento do PIB. O motivo é simples. Toda vez que a economia do país se expande, principalmente o PIB per capita, existe uma forte correlação com a retirada de pessoas debaixo da linha da pobreza, e isso, por si só, já representa forte motor de sustentação ao consumo doméstico de alimentos mais seguros e com maior qualidade nutricional, como, por exemplo, a carne bovina.
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Então, dito isso, o ritmo de crescimento pode cair e podemos até mesmo ter chegado a um patamar de consolidação, após resultados estrondosos nos últimos anos. Mas ainda não é o caso de se pensar em queda brusca para um mercado que ainda apresenta crescimento, mesmo que menor. Pelo menos não, em um prazo médio de tempo.
* Lygia Pimentel é médica veterinária, economista e consultora para o mercado de commodities. Atualmente é CEO da AgriFatto. Desde 2007 atua no setor do agronegócio ocupando cargos como analista de mercado na Scot Consultoria, gerente de operação de commodities na XP Investimentos e chefe de análise de mercado de gado de corte na INTL FCStone.
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