O que marcas como Microsoft, Amazon, Google, Samsung, Toyota, Coca-Cola, Mc Donald’s, Disney, Louis Vuitton e Cisco têm em comum? A resposta é: duas coisas. A primeira: elas estão no topo da lista do 11º levantamento Best Global Brands 2023, considerado um dos mais importantes do mundo e que faz o ranking das 100 melhores marcas do planeta.
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A segunda: todas elas têm um pé no agronegócio, em áreas de alta tecnologia para agricultura e pecuária de precisão, restauração florestal e mercado de carbono. Na maior parte da vezes, os projetos são globais e visam produtividades mais sustentáveis em toda a cadeia, do campo ao consumidor. Além das 10 que estão no topo, outras 20 empresas da lista também estão ligadas à produção de alimentos, fibras e bioenergia.
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O valor total das marcas em 2023 foi de US$ 3,3 trilhões (R$ 16,1 trilhões na cotação atual), 6,45% acima de 2022. Para os 10 destaques com um pé no agro, o valor das marcas chega a US$ 1,2 trilhão (R$ 5,9 trilhões). Confira o que elas fazem no campo:
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Divulgação 1 – Microsoft
Posição no ranking: 2
Valor da marca: US$ 316,6 bi
A Microsoft criou o Azure FarmBeats, plataforma que cria modelos de IA (inteligência artificial) ou de ML (machine learning), organizando de forma simplificada milhares de dados compilados de diferentes fontes. O hub de dados da ferramenta é uma camada de API que permite a agregação, normalização e contextualização de vários conjuntos de dados agrícolas entre provedores, para obter dados de sensores, imagens de satélites e de drones em lavouras. A Microsoft vem fazendo parcerias com empresas como a Bayer, em nível global. -
Divulgação 2 – Amazon
Posição no ranking: 3
Valor da marca: US$ 276,9 bi
A AWS (Amazon Web Services) é uma plataforma de nuvem com cerca de 200 serviços de datacenters. Na agricultura de precisão ela permite a aquisição de dados e análises, conectividade remota, robótica e automação. No processamento de grãos, produtos e proteínas ela serve como engenharia assistida por computador, gerenciamento de ciclo de vida do produto, rastreamento de carbono e genômica de plantas e animais. No Brasil, a Amazon é parceira da Conectar Agro para conectividade no campo. -
Divulgação 3 – Google
Posição no ranking: 4
Valor da marca: US$ 260,2 bi
O Google Cloud – Farm to table é um guia para empresas de CPG (empresas de bens de consumo) no ecossistema de alimentos e da agricultura destinado à transformação digital. São quatro pilares de atuação: construção de resiliência contra interrupções na cadeia de fornecimento, expansão de margens, adaptação às mudanças nas dietas e canais dos consumidores e tomada de decisões sobre sustentabilidade. As parcerias ocorrem em todo o mundo. -
Divulgação 4 – Samsung
Posição no ranking: 5
Valor da marca: US$ 91,4 bi
A marca japonesa tem uma forte presença em tecnologias para fazendas indoor, principalmente em horticultura. Em 2022, lançou os “LEDs de espectro centrado em plantas” para agricultura interna de última geração. A tecnologia tenta substituir a luz solar de alta qualidade por meio de componentes. Nesse caso, bombeando o comprimento de onda de 437 nm (nanômetros, onde 1 nanômetro é 1 milímetro dividido por 1 milhão), que é o mais adequado para a fotossíntese máxima. -
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Divulgação 5 – Toyota
Posição no ranking: 6
Valor da marca: US$ 64,5 bi
A Toyota Motor Corporation possui uma ferramenta de gerenciamento de TI agrícola, a Housaku Keikaku, desde 2014. É uma adaptação do Sistema Toyota de Produção à agricultura, um serviço em nuvem desenvolvido para os arrozais do país. Ele monitora o processo de cultivo de mudas e a redução de desperdícios por superprodução, pedidos, pessoal, expedição, máquinas e estoque. Nos últimos anos, o sistema tem sido adaptado para frutas, vegetais e gado. -
Divulgação 6 – Coca-Cola
Posição no ranking: 8
Valor da marca: US$ 58,0 bi
No mundo todo, a Coca-Cola tem parcerias com agricultores e pecuaristas para matérias-primas utilizadas em seus produtos, como cana-de-açúcar, beterraba sacarina, milho, frutas, café, chá e soja, que são os tradicionais. Outras cadeias vêm sendo demandadas para novos ingredientes, como nozes, ervas e laticínios. A marca tem exigido e incentivado que os produtores integrem programas de produção sustentável, como a Bonsucro, por exemplo, grupo internacional de governança multissetorial para promover a cana-de-açúcar. -
Divulgação 7 – Mc Donald’s
Posição no ranking: 11
Valor da marca: US$ 50,9 bi
No mundo todo, a rede de fast food faz parcerias com produtores para a compra dos ingredientes dos lanches, como carne bovina, frango, batata, suínos, laticínios, produtos frescos ou ovos. Em vários países, a rede tem projetos com produtores. Em 2021, por exemplo, fundou o AgMission, em colaboração internacional PepsiCo, para que a indústria agrícola alcance emissões líquidas negativas. A Arcos Dorados, franquia da América Latina e Caribe, com cerca de 2.200 restaurantes, faz parceria com a Rainforest Alliance desde 2015. Também em parceria com a CDP (Carbon Disclosure Project), a meta é monitorar a pegada de carbono de toda a cadeia de suprimentos da companhia. -
Divulgação 8 – Disney
Posição no ranking: 13
Valor da marca: US$ 48,2 bi
A Walt Disney World, em Orlando, possui um projeto de aeroponia e a aquaponia, e uma equipe de horticultores. São 233 metros quadrados de estufas no parque temático Epcot da Disney, onde mais de 30 toneladas de produtos são cultivados e colhidos a cada ano. Há, também, uma área para piscicultura onde são criados tilápias, robalos e bagres. Os produtos são servidos nos restaurantes do parque e o passeio por essas estruturas se chama Living with the Land, uma exposição que percorre os diferentes biomas da Terra. -
Divulgação 9 – Louis Vuitton
Posição no ranking: 14
Valor da marca: US$ 46,5 bi
A marca de luxo tem há 11 anos, no grupo Life 360, seus programas de economia circular, biodiversidade, clima e rastreabilidade de produto. Por exemplo, do couro e do algodão utilizados em seus produtos. Na restauração ou preservação são cerca de cinco milhões de hectares de flora e fauna em todo o mundo, até 2030. No Brasil, a parceria é com a The Circular Bioeconomy Alliance, aliança criada pelo rei da Inglaterra. O foco são sistemas de agroflorestas regenerativos para o algodão para a holding LVMH, que pertence a Louis Vuitton. -
Divulgação 10 – Cisco
Posição no ranking: 15
Valor da marca: US$ 43,3 bi
A Cisco tem uma série de ferramentas para otimizar os processos da fazenda ao mercado, destinadas a aumentar a produtividade dos agricultores, como big data, ioT, ciência de dados, gerenciamento de sensores de campo e processamento de dados de satélite e GIs (sistema de informação geográfica). Atua, também, por meio da Cisco LaunchPad, uma impulsionadora de startups. Na Índia, por exemplo, ela está com a SatSure, agtech de aplicações espaciais de tecnologia profunda para planejamento e semeadura inteligentes por meio da transformação digital da cadeia de valor e orientação por dados.
1 – Microsoft
Posição no ranking: 2
Valor da marca: US$ 316,6 bi
A Microsoft criou o Azure FarmBeats, plataforma que cria modelos de IA (inteligência artificial) ou de ML (machine learning), organizando de forma simplificada milhares de dados compilados de diferentes fontes. O hub de dados da ferramenta é uma camada de API que permite a agregação, normalização e contextualização de vários conjuntos de dados agrícolas entre provedores, para obter dados de sensores, imagens de satélites e de drones em lavouras. A Microsoft vem fazendo parcerias com empresas como a Bayer, em nível global.