China amplia importações e aprovações para plantio de culturas transgênicas

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18 de janeiro de 2024
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Como a China é o maior importador mundial de soja e milho, as variedades transgênicas podem ter grandes implicações no tamanho do plantio além de suas fronteiras

A China aprovou nesta quinta-feira (18) variedades adicionais de soja e milho geneticamente modificados para importação e produção, ao mesmo tempo em que expandiu suas áreas de plantio em todo o país, como parte de uma iniciativa para melhorar a segurança alimentar e reduzir as importações.

O Ministério da Agricultura chinês aprovou a produção doméstica de mais seis variedades de milho geneticamente modificado, duas de soja e uma de algodão, além de outras duas de soja com edição genética, segundo um aviso no site do ministério.

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As zonas de plantio para a maioria das variedades foram ampliadas de áreas “ecologicamente adequadas” para todo o país, de acordo com o aviso. Anteriormente, algumas variedades de milho eram restritas às áreas produtoras do norte ou do sul.

Para as importações, o ministério aprovou a variedade de soja geneticamente modificada que é resistente a insetos e herbicidas, DBN8002, desenvolvida pela Beijing Dabeinong Technology Group Co Ltd, que estava licenciada para plantio na Argentina desde 2022.

A China também aprovou uma variedade de milho tolerante a herbicida DP202216 da Corteva Inc.

As novas aprovações se estendem por cinco anos, com vigência a partir de 2 de janeiro de 2024.

Como a China é o maior importador mundial de soja e milho, as variedades transgênicas aprovadas pelo país podem ter grandes implicações no tamanho do plantio além de suas fronteiras, disse Even Pay, analista agrícola da Trivium China. “Os agricultores não querem plantar variedades se a China não puder comprá-las.”

Com as empresas chinesas agora autorizadas a desenvolver e vender sementes transgênicas, é provável que Pequim seja muito mais solícita com as aprovações de importação, tornando as sementes transgênicas mais atrativas e criando uma vantagem significativa para as empresas chinesas de sementes no exterior, disse Pay.

A China, o segundo maior produtor de milho do mundo, tem agido com cautela na implementação de tecnologia para OGM (organismos geneticamente modificados), mas está gradualmente abrindo espaço para o cultivo de culturas transgênicas.

Em dezembro, a China emitiu licenças para uma primeira leva de 26 empresas para produzir, distribuir e vender sementes de milho e soja geneticamente modificadas em determinadas províncias, após anos de testes-piloto.