O empreendimento prevê a geração de 600 empregos diretos e 3 mil indiretos, além de fomentar a produção agrícola e florestal na região. A previsão é que a industrialização comece em 18 meses, utilizando milho da safrinha 2025.
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A Grão Pará Bioenergia é formada pelo Grupo Mafra, fundador da Viveo, empresa de saúde humana, e presente no Pará há 20 anos com agricultura e pecuária, e o Grupo CMAA, que atua no setor sucroalcooleiro, com três usinas em Minas Gerais. O presidente executivo será Flávio Inoue.
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Agora, com mais o investimento Mafra-CNMA, o etanol de milho entra definitivamente na agenda do estado. De acordo com os investidores, o projeto deve contribuir para o Pará se tornar uma fronteira de produção agrícola e pecuária sustentável ainda mais importante. Eles confiam que a oferta de milho, principal matéria-prima da refinaria, também deverá crescer na região. Da mesma forma, o projeto tem potencial para alavancar o consumo regional de etanol. “Como se trata de um investimento sustentável e balanceado, será positivo para o Pará como um todo, além de ser muito atrativo para diversos mercados”, informam os investidores, em comunicado.
“A pauta de sustentabilidade converge totalmente com a estratégia de investimentos dos Grupo Mafra e CMAA. Isso agrega altíssimo valor na produção em áreas já antropizadas, por meio de transformação das áreas de pastagens degradadas em agricultura, intensificando a pecuária e agricultura, com zero necessidade de abertura de novas áreas e preservando as reservas de florestas nativas”, destaca Carlos Mafra Júnior, do Grupo Mafra.
A plena capacidade, a indústria demandará mais de 1,5 milhão de toneladas de milho por ano, o que incentivará os agricultores a aumentar a área plantada e a produtividade. O cultivo de florestas de eucalipto para o fornecimento de biomassa para a geração de vapor e energia elétrica à refinaria também será impulsionado. O cultivo de eucalipto também proporciona benefícios ambientais, como recuperação de áreas degradadas, proteção do solo, conservação da água e sequestro de carbono.
A indústria também oferecerá um serviço de engorda de bovinos para os pecuaristas parceiros, que poderão utilizar a estrutura da unidade para confinar bovinos em regime de boitel, com o uso de DDG (dry distillers grains) proveniente da produção de etanol de milho.