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O OCED foi criado em 2021 para ajudar a dimensionar as tecnologias emergentes necessárias para enfrentar os desafios climáticos mais prementes e alcançar emissões líquidas zero até 2050. O organismo deve gerir nesse período cerca de US$ 25 bilhões em financiamento gerais para acelerar a descarbonização de processos.
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No caso da Kraft Heinz, os investimentos serão realizados em 10 unidades industriais do país. “As mudanças na infraestrutura feitas nessas dez fábricas nos permitirão replicar tecnologias e processos bem-sucedidos em nossas fábricas restantes nos EUA e em todo o mundo, tornando-nos mais eficientes à medida que repassamos as modificações realizadas para outras unidades”, disse Helen Davis, vice-presidente sênior e chefe de operações na América do Norte da Kraft Heinz, em comunicado.
A empresa informou, também, que as ações em busca de descarbonização faz parte de uma política global e que nos demais países ela também está pauta. No Brasil, a Kraft Heinz Company é dona das marcas Heinz, Kraft, Hemmer e Quero, e atua no país há pouco mais de uma década. Já a Unilever é uma das mais antigas multinacionais de alimentos no país, dona de 27 marcas, entre elas Ben & Jerry’s, Arisco, Mãe Terra, Maizena, entre outras. A Digeo não possui unidades de produção no Brasil, mas tem afirmado que o país é um dos mercados que mais crescem no mundo para a marca.
Confira os detalhes de cada um dos projetos para alimentos e bebidas:
Projeto Kraft Heinz: Descarbonização por meio de eletrificação integrada e armazenamento de energia
Investimentos do governo: até US$ 170,9 milhões (R$ 865,1 milhões)
A estimativa é chegar a até 300 mil toneladas métricas de dióxido de carbono por ano, traduzindo-se numa redução de 99% em relação aos níveis de 2022. Entre as ações estão, também, parcerias com escolas para treinamento e desenvolvimento de mão-de-obra visando qualificação para o trabalho com tecnologias sustentáveis.
Projeto Unilever: Descarbonização da fabricação de sorvetes
Investimentos do governo: até US$ 20,9 milhões (R$ 105,8 milhões)
O que é o projeto: A empresa deve substituir caldeiras a gás natural por caldeiras elétricas e bombas de calor industriais usando recuperação de calor residual em quatro instalações de fabricação de sorvetes no Tennessee, Missouri e Vermont. O projeto deve reduzir as emissões associadas à produção das marcas Ben & Jerry’s, Breyers, Klondike, Magnum, Popsicle, Talenti e outros sorvetes embalados e novos produtos congelados. A redução de gases está prevista em 14 mil toneladas métricas por ano.
Projeto Diageo: Baterias para a descarbonização profunda da indústria de bebidas
Investimentos do governo: até US$ 75 milhões (R$ 379,7 milhões)
O que é o projeto: A Diageo Americas Supply, Inc. planeja fazer parceria com a Rondo Energy e o Laboratório Nacional de Energia Renovável, dos EUA, para substituir o calor alimentado a gás natural por baterias alimentadas por energia renovável e caldeiras elétricas em duas unidades.
A meta é reduzir as emissões de carbono em cerca de 17.000 mil métricas, por ano, para descarbonizar a produção de bebidas espirituosas, cocktails prontos e o whisky Bulleit. Além disso, a Diageo se compromete a compartilhar com as comunidades locais os resultados do monitoramento da qualidade do ar e da água das instalações, informando sobre as reduções de poluentes atmosféricos como resultado deste projeto.