Trata-se de uma iniciativa conjunta com a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), que financiará empreendedores que atuam em áreas como energia limpa, transportes de baixo carbono, remoção de carbono e sustentabilidade em agricultura e alimentação.
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Recentemente, a AWS escolheu quatro startups como parte do seu primeiro grupo de apoio. Elas estão, agora, no meio de um esforço de dois a três meses para criar seus POCs, aproveitando a tecnologia e a experiência da Amazon em computação quântica e de alto desempenho, inteligência artificial, machine learning (aprendizado de máquina) e IA generativa.
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O projeto consiste na concessão de crédito por parte da Amazon para cada startup quitar o uso de sua nuvem e outros serviços da AWS, num total de cerca de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) em custos operacionais.
Confira onde atuam as quatro escolhidas:
Realta Fusion
A estabilidade do plasma é um requisito crítico para usinas de fusão e, normalmente, apenas alguns supercomputadores no mundo são capazes de lidar com tais simulações. Nos EUA, a empresa potencialmente tinha acesso a apenas dois, com uma lista de espera de um ano, segundo Cary Forest, cientista-chefe da Realta.
A Realta poderá usar a nuvem AWS e outros recursos para obter acesso a uma série de hardwares e processadores interconectados, capazes de se comunicarem entre si rapidamente, permitindo a realização de cálculos cruciais para a operação – e acelerar drasticamente seu trabalho. “A aceleração é muito importante quando você está apenas começando”, diz Forest.
Para a AWS, isso também desperta potencialmente o interesse de um novo tipo de cliente. “Se eles conseguirem fazer esse tipo de trabalho na nuvem, isso permitirá que outros façam o mesmo, em vez de precisarem de supercomputadores especializados”, diz Van Nuys.
Coastal Carbon
Seu POC treinará modelos básicos independentes de satélite que podem identificar e quantificar o carbono no oceano. “Se for bem sucedido, poderá facilitar um aumento de até mil vezes na monitorização dos oceanos e na capacidade de coleta de dados”, diz Van Nuys. Anteriormente, esse trabalho era feito manualmente por mergulhadores.
Fitoforma
A Fitoforma, sediada no Reino Unido, utiliza biotecnologia, IA e agricultura para desenvolver genética de plantas mais resistentes ao clima. Seu POC se concentra em melhorar a precisão de sua plataforma de insights de genética vegetal para desenvolver novas variedades de plantas mais resilientes.
Xatoms
A startup Xatoms se dedica ao tratamento de água utilizando IA e computação quântica para descobrir moléculas que podem purificar a água poluída. O objetivo é desenvolver um algoritmo de IA capaz de analisar uma grande quantidade de dados químicos, seguido de simulações de moléculas purificadoras de água.
*Anne Field, colaboradora da Forbes EUA, é jornalista premiada com interesse particular em empreendimentos sociais com fins lucrativos, bem como empreendedorismo e pequenos negócios