Microsoft, Unilever e mais 11 empresas aderem a compromisso climático da Amazon

9 de dezembro de 2020
Picture Alliance/Getty Images

Ativistas ambientais acusam a Amazon de hipocrisia por anunciar grandes iniciativas empenhadas em amenizar as mudança climática enquanto a empresa continua a fornecer infraestrutura de nuvem para empresas de petróleo e gás

Microsoft, Unilever e 11 outras empresas aderiram à iniciativa Climate Pledge da Amazon hoje (9), mas os críticos continuam céticos em relação aos esforços da gigante do e-commerce para reduzir o impacto ambiental.

Junto a Microsoft e Unilever, Atos, Brooks, Canary Wharf Group, Coca-Cola European Partners, ERM, Groupe SEB France, Harbour Air, ITV, Neste, Rubicon e Vaude assinaram o compromisso nesta quarta-feira.

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Os signatários concordam em “medir e relatar as emissões de gases do efeito estufa em uma base regular”, zerar as emissões anuais de carbono até 2040 (10 anos antes do prazo do Acordo de Paris) e “implementar estratégias de descarbonização alinhadas com o Acordo de Paris por meio de mudanças reais de negócios e inovação.”

No total, 31 empresas já assinaram o acordo, incluindo Best Buy, Mercedes-Benz, Uber e Siemens.

Várias das novas marcas que fazem parte do acordo já haviam se comprometido com a neutralidade de carbono até 2040 –incluindo Microsoft, Unilever, a petrolífera finlandesa Neste e Atos.

Em um comunicado, o CEO da Amazon, Jeff Bezos, disse que as empresas estão coletivamente “enviando um sinal importante ao mercado de que há uma demanda significativa e crescente por tecnologias que podem ajudar a construir uma economia de carbono zero.”

Principais críticas

Ativistas ambientais acusam a Amazon de hipocrisia por anunciar grandes iniciativas empenhadas em amenizar as mudança climática enquanto a empresa continua a fornecer infraestrutura de nuvem para empresas de petróleo e gás. A Amazon já havia defendido esse trabalho, dizendo que “a indústria de energia deve ter acesso às mesmas tecnologias que outras indústrias” porque quer “ajudá-los a acelerar o desenvolvimento de negócios de energia renovável”. Os críticos também permanecem céticos em relação ao compromisso da Amazon com a transparência, uma vez que não participa do CDP, uma organização independente com diretrizes padronizadas sobre como relatar métricas de mudança climática. (Microsoft e Unilever reportam dados à iniciativa.)

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“Assinar o compromisso é simbolicamente ótimo, mas precisamos de ações reais agora. A Microsoft ainda tem contratos massivos com empresas de petróleo para automatizar suas operações. A Coca-Cola acabou de ser classificada como a pior poluidora do mundo na auditoria Break Free From Plastic. Essas não são ações de empresas que estão levando as mudanças climáticas a sério”, disse o especialista sênior de comunicação do Greenpeace, Tyler Kruse, em comunicado à Forbes.

Cenário de base

A Amazon lançou a Climate Pledge Initiative no ano passado, depois que mais de 3.000 funcionários assinaram uma petição e ameaçaram uma paralisação para pressionar a empresa a fazer mais para lidar com a mudança climática. Além da Climate Pledge Initiative, o CEO Jeff Bezos tem um fundo climático de US$ 10 bilhões e se comprometeu a divulgar a pegada de carbono da Amazon pela primeira vez em resposta à agitação dos colaboradores da companhia.

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