A instituição, braço do Banco Mundial para o setor privado, liderou investimentos de US$ 2,85 bilhões no Brasil no ano fiscal de 2021, 30% a mais do que o previsto e tornando o país no quarto maior portfólio da IFC no mundo.
“O Brasil vai enfrentar situação econômica difícil após a pandemia e estamos fazendo um papel contracíclico”, disse Leiria Pinto em entrevista à Reuters, explicando que o órgão procurou alinhar crescimento econômico a metas ambientais.
Do valor total, US$ 1,108 bilhão foram de recursos próprios da IFC e US$ 1,745 bilhão vieram de bancos privados. As parcerias público-privadas levaram US$ 960 milhões do total, com projetos de iluminação pública, rodovias e trem metropolitano.
COMBATE AO GREENSWASHING
A meta é reduzir o nível de desperdício de água, de 44% para 35% do total. Pelo modelo do financiamento, à medida que as metas forem alcançadas, o custo do crédito para o tomador cai.
Segundo Leiria Pinto, essa foi um caminho de o IFC aplicar o conceito ESG (sigla em inglês para boas práticas de governança ambiental, social e corporativa) de forma objetiva, o que deve ser intensificado no país.
“Queremos combater o greenwashing”, disse o executivo, referindo-se ao jargão criado para identificar casos em que pessoas ou instituições alardeiam iniciativas ESG mais como um instrumento de marketing do que de compromisso efetivo com boas práticas nessa direção.
Nesse sentido, em setembro, a IFC dá partida num acordo celebrado com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em fevereiro, por meio do qual financiamentos para projetos de eficiência energética, agricultura sustentável, energia solar, edificações verdes e mobilidade usarão o mesmo conceito.
Os projetos climáticos representaram 60,7% dos recursos da IFC no país, incluindo um ‘green bond’ certificado pela Climate Bonds Initiative com a Sicredi, de US$ 120 milhões, para financiar a compra de painéis de energia solar. (Com Reuters)
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