Há obstáculos pelo caminho. O G20 está dividido em questões como a eliminação gradual do carvão e a limitação do aquecimento global a 1,5 grau Celsius, o que dá aos diplomatas pouco tempo para forjar um acordo antes do encontro sobre oclima de 30 e 31 de outubro.
Muitos dos líderes que irão a Roma, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voarão em seguida para a Escócia para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), que é considerada vital para se enfrentar a ameaça da elevação das temperaturas.
“Acabou o tempo das gentilezas diplomáticas. Se os governos, especialmente os governos do G20, não se pronunciarem e liderarem este esforço, estamos a caminho de um sofrimento humano terrível”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na semana passada.
Contrariando as esperanças de uma reação robusta do G20, as expectativas de Biden de seguir para a Europa com um acordo doméstico forte a respeito da política do clima diminuem muito por causa de divisões políticas a respeito de um pacote de gastos mais abrangente.
Para aumentar a decepção da anfitriã Itália, os líderes de China, Japão, México, Rússia e Arábia Saudita decidiram não comparecer à reunião, que será realizada em um subúrbio de Roma chamado EUR que foi construído pelo ditador fascista Benito Mussolini.
A Covid-19 transformou a cúpula da G20 do ano passado em um evento virtual, e suas consequências ainda presentes terãodestaque nas conversas em Roma, nas quais a Itália está determinada a fazer as grandes economias coordenarem a recuperação global.