O pacto das duas potências mundiais, que estão divididas por uma série de disputas diplomáticas a respeito de outras questões, envia uma mensagem poderosa para as delegações da COP26, incluindo os produtores de combustíveis fósseis, a causa principal do aquecimento global provocado pela humanidade.
“Juntos, partimos para apoiar uma COP26 bem-sucedida, incluindo certos elementos que estimularão a ambição”, disse Kerry em uma coletiva de imprensa. “Todo passo importa neste momento, e temos uma longa jornada diante de nós.”
A declaração conjunta informou que a China, que abriga metade das usinas de carvão do mundo, começará a reduzir seu consumo de carvão de forma gradual entre 2026 e 2030 e também cortará as emissões de metano.
Observadores das conversas do clima em Glasgow estavam receosos antes do anúncio de que o presidente chinês, Xi Jinping, não compareceria e que a China não havia feito nenhuma nova promessa substancial para atingir a neutralidade de carbono antes de 2060.
O plano climático chinês tampouco havia mencionado as emissões de metano, muito ligadas à sua ampla indústria carvoeira.
“É muito encorajador ver que estes países que estavam em desacordo em tantas áreas encontram um terreno comum sobre qual é o maior desafio que a humanidade enfrenta hoje”, disse o chefe de políticas do clima da União Europeia, Frans Timmermans, à Reuters.
(Com Reuters)