A iniciativa está ganhando corpo no banco e deverá passar pelo conselho de administração ainda este mês, acrescentou o executivo, enquanto se realiza na Escócia a conferência climática COP26.
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“Acreditamos que quando o BNDES compra é um ‘call’ para o mercado. É o selo de qualidade do BNDES “, argumentou Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do banco.
“Quem tem floresta para preservar é o Brasil, e achamos que esse negócio tem uma potência incrível. Acho que os privados vêm, e temos ótimas conversas nesse sentido”, ressaltou.
A expectativa do executivo é que a primeira operação já seja sacramentada na primeira metade de 2022.
Nesse pontapé inicial, a instituição vai apostar em duas frentes: projetos que evitem o desmatamento e projetos de reflorestamento.
“Normalmente, quem está numa área verde tem a tentação da sua subsistência. Ele planta e quer ter um pouco de pecuária. Para esse cara não desmatar, você tem que garantir para ele que o benefício de manter a floresta em pé é equivalente ou melhor… Por isso é fundamental fomentar esse mercado”, acrescentou.
“Vamos botar capital nesse crédito de carbono, e o BNDES vai ser ‘market maker’ do modelo de crédito de carbono voluntário”, destacou, frisando que hoje quem desenvolve um projeto de carbono não sabe se vai ter preço e comprador.
O banco já está monitorando de perto projetos mais viáveis de venda de crédito de carbono e que já têm certificados emitidos pelas empresas certificadoras.
O BNDES também tem conversado com os principais desenvolvedores de empreendimentos dessa natureza para apoiar novas iniciativas, revelou. (Com Reuters)