Líderes mundiais, especialistas ambientais e ativistas imploraram por medidas decisivas para conter o aquecimento global, que ameaça o futuro do planeta, no início da cúpula de duas semanas da ONU COP26, na cidade escocesa de Glasgow.
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O G20 é responsável por cerca de 80% das emissões globais de gases do efeito estufa, e por uma proporção semelhante em emissões do dióxido de carbono, o gás produzido pela queima dos combustíveis fósseis e que é a principal causa do aumento nas temperaturas globais que está provocando um crescimento na intensidade de ondas de calor, secas, inundações e tempestades.
“Os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas plantas não florescem como faziam antes. A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo”, disse Txai Suruí, líder indígena de 24 anos da região amazônica brasileira, na cerimônia de abertura da conferência.
Adiada em um ano por conta da pandemia de Covid-19, a COP26 tem a missão de manter vivo o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
As promessas feitas até agora levariam a temperatura média da superfície do planeta a subir 2,7 graus Celsius neste século, o que segundo a ONU pode sobrecarregar ainda mais a destruição que as mudanças climáticas já estão causando.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou os delegados que os seis anos mais quentes já registrados aconteceram desde 2015.
Outros palestrantes, incluindo ativistas de países mais pobres e atingidos duramente por efeitos da mudança climática, apresentaram uma mensagem desafiadora.
Em 2009, os países desenvolvidos mais responsáveis pelo aquecimento global prometeram oferecer US$ 100 bilhões por ano até 2020 para ajudar os países em desenvolvimento a lidarem com suas consequências.
O compromisso ainda não foi atingido, gerando desconfiança e relutância entre alguns países emergentes para acelerar as reduções de suas emissões.
Líderes de países como o Quênia, Bangladesh, Barbados e Malawi pediram que os países ricos cumpram suas promessas. (Com Reuters)