O acordo deu um tom construtivo para a cúpula da COP27 na cidade litorânea de Sharm el-Sheikh, onde os governos esperam manter vivo o objetivo de evitar os piores impactos do aquecimento planetário, mesmo com uma série de crises – de uma guerra terrestre na Europa à inflação galopante – a distrair o foco internacional.
Por mais de uma década, as nações ricas rejeitaram as discussões oficiais sobre o que é chamado de perda e dano, o termo usado para descrever as nações ricas que pagam fundos para ajudar os países pobres a lidar com as consequências do aquecimento global, pelas quais têm pouca culpa.
Mas a pressão para resolver o problema tem aumentado à medida que as calamidades climáticas crescem, incluindo as enchentes deste ano no Paquistão, que causaram perdas econômicas de mais de US$ 30 bilhões (R$ 151 bilhões) e deixaram centenas de milhares de desabrigados.
“A inclusão desta agenda reflete um sentimento de solidariedade pelas vítimas dos desastres climáticos”, disse o presidente da COP27, Sameh Shoukry, na plenária de abertura.
Ele acrescentou que a decisão criou “um espaço institucionalmente estável” para discussão de financiamento para perdas e danos, e que as negociações pretendem levar a uma decisão conclusiva “o mais tardar em 2024”.