Lyra teve uma infância difícil. Nasceu em uma favela, viu seu pai ser preso e viveu a miséria extrema. Deu a volta por cima, formou-se em jornalismo, escreveu um livro sobre o potencial dos jovens, criou uma ONG que ajuda cerca de 100 mil crianças e adolescentes por ano e tornou-se uma das pessoas mais influentes do país. Hoje, aos 27 anos, atua em periferias e dentro de escolas e presídios, utilizando o esporte, a música, a arte e a oportunidade como meio de gerar uma consciência de empoderamento por meio de seu movimento, o Gerando Falcões. Tem como meta melhorar a vida de 1 milhão de pessoas antes dos 30 anos.
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A junção das duas histórias de luta à Zurich resultou neste projeto que dá cor e esperança a crianças e jovens. “Nosso projeto visa abrir portas, pois a arte oferece novas oportunidades. Queremos que a criação do painel do Romero Britto traga alegria e os inspire, motivando a ideia de que o foco e a atitude tornam possível, sim, a construção de um futuro melhor”, afirma David Colmenares, CEO de Seguros Gerais da Zurich Brasil.
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A obra de 5 metros de altura e 11 de largura é uma releitura especial desenvolvida para o projeto. Inspirada em uma de suas artes já existentes, foi desenhada por Britto e vem sendo pintada pelas crianças da ONG e funcionários da seguradora. “A cartela de cores foi aprovada por ele e o quadro servirá como um estímulo não apenas visual, mas também de iniciativa para essa gente que ainda têm um futuro pela frente”, explica Colmenares. Para ele, é muito importante a interação e participação do time da Zurich, que, aos sábados, vai à ONG para pintar o painel, instalado na escola Professor José Antônio Bortolozzo, na Cidade Kemel, em Poá, palco de diversas atividades culturais promovidas pela organização.
Lyra conta que a seguradora está fazendo uma entrega social artística para a comunidade. Uma cadeia inteira está sendo beneficiada: alunos, professores, gestor escolar e todo o grupo. “Esta parede se tornará um ponto turístico. Tanto para a comunidade quanto para estrangeiros e para a mídia.” Lá, nunca houve uma agenda cultural e artística estabelecida. Agora, uma obra gigantesca, de um artista global, foi pendurada na parede. “Isso é empoderamento e não assistencialismo. O Britto, a Zurich e nós fizemos isso juntos. Enquanto pintávamos, nossos corações e percepções de vida eram transformados. Muros foram derrubados e
pontes construídas.”
Tendo a responsabilidade social como um dos pilares do futuro, a Zurich está sempre envolvida em projetos sociais. “Acreditamos que o esforço para um amanhã melhor deve ser constante. Nós, como uma empresa multinacional, temos esse compromisso não apenas com nossos clientes, mas também com a sociedade. Essa iniciativa nos enche de orgulho, pois estamos ajudando jovens da periferia a se sentir estimulados a ter e alcançar objetivos”, afirma o CEO da seguradora.
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Entre as três pontas dessa ação há uma forte sinergia. Duas histórias de superação que, hoje, ajudam outras pessoas de diferentes formas e uma empresa comprometida a beneficiar a sociedade. “Com esse projeto, temos como missão transformar a periferia em um lugar mais vibrante, com um show de arte e cores”, ressalta Lyra. Para Britto, fazer uma pessoa sorrir — neste caso, milhares delas — já vale a pena. E a companhia, que pensa no longo prazo, está sempre acompanhando os resultados positivos de cada ação que cria. Já estava escrito, ou melhor, pintado, que essa parceria daria certo — e deu.