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Aconchegado em uma propriedade deslumbrante de seis hectares, o The Wallawwa é um estiloso e luxuoso hotel boutique de 18 quartos que combina perfeitamente o contemporâneo com o tradicional, da decoração, uma mistura de antiguidades e amenidades modernas, ao restaurante, que serve comida local com algumas modificações. Datada do século 18, a mansão colonial renovada era originalmente a propriedade rural do chefe dos chefes de Galle, uma cidade fortificada na costa sudoeste que, durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se a sede da Força Aérea Real (RAF). Com sua longa história, não é surpresa que o hotel tenha sido batizado com uma palavra cingalesa – “wallawwa”, que se refere à residência de uma família proeminente.
Não importa onde você vá passear ou relaxar, vegetação de todos os tipos estão sempre presente, fazendo do Wallawwa o local ideal para recarregar as baterias, seja na chegada ou enquanto o hóspede se prepara para a longa jornada de volta para casa. Há apenas um problema: uma vez que você se envolve com a sensação de calma da propriedade, certamente irá querer estender sua estadia por mais um ou dois dias.
O arejado restaurante e a varanda com colunas estão abertos para o amplo gramado com palmeiras verdes e vermelhas, árvores de folhas vermelhas, jasmim-manga, orquídeas e muito mais. Árvores frutíferas são abundantes na propriedade e incluem fruta-pão, jaca, abricó-de-macaco, tamarindo, goiaba e mamão. Com toda essa vida vegetal, não é de se admirar que várias espécies de pássaros (como o papa-moscas-do-paraíso) possam ser vistas, especialmente no início da manhã ou da noite.
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Embora o restaurante sirva muitos pratos ocidentais, são os itens da fusão asiática que chamam a atenção em termos de revelação da diversidade de sabores no repertório culinário do Sri Lanka. O cardápio muda dependendo da estação, mas o croquete de caranguejo de água doce com o doce e apimentado molho de gengibre – um aperitivo do jantar – é um sucesso, assim como a lula infundida com vinho, confit de tomate e azeitona, micro ervas e queijo parmesão gratinado.
Sou um fã de peixes e frutos do mar e encontrei uma entrada elaborada com curry de peixe com mostarda e coco, arroz com açafrão, sambal (condimento baseado em malagueta), picles malaios e curry vegetariano – um dos destaques do cardápio. Curiosamente, sempre que o curry vegetariano estava incluso em uma entrada, oito ou nove pequenas tigelas eram colocadas na minha frente, cada uma delas com um vegetal, como berinjela, beterraba e folhas do dragoeiro. Eu nunca tinha provado a iguaria desse jeito antes. A berinjela ao curry estava agradavelmente quente e defumada, enquanto as beterrabas eram tentadoramente terrosas.
Felizmente, eu ainda tive espaço para a sobremesa. Vale a pena conferir os sabores raros e caseiros de sorvetes e sorbets – como cardamomo, pimenta e açúcar mascavo ou canela com caramelo. Com tantos abacaxis crescendo nos jardins da propriedade, eu obviamente escolhi o carpaccio feito da fruta com sal apimentado e praliné de caju, uma sobremesa de calor ameno e doçura que não decepcionou.
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Não importa se você prefere chá ou café, há uma abundância de escolhas: uma infusão de rosa e hibisco, favo de mel e gengibre e 10 outros tipos de chás, assim como grãos de café de El Salvador, Etiópia e de outros países.
Aqueles que reservam as mais caras suítes – que incluem jardins privativos – terão a chance de acordar em uma cama dossel com vista para o Éden, com limoeiros, abacateiros e arbustos floridos. Até o banheiro é impressionante, com o teto alto alto com clarabóia e uma espaçosa área de chuveiro aberta. Aproveite, ainda, a imensa Mountbatten Suite, que ostenta uma área com piscina em meio ao oásis de um jardim privado. A suíte leva o nome do Comandante Aliado Supremo do Sudeste Asiático na Segunda Guerra Mundial.
Todas as tardes, às 15h30, muitos hóspedes ficam na varanda, onde o chá preto local, cookies e bolos recém-assados são servidos. É difícil não exagerar nos mini cookies de gotas de chocolate e coco ou nas finas fatias do bolo de baunilha com cobertura amanteigada. Você notará nas mesas o tradicional jogo de tabuleiro de madeira do Sri Lanka, o carrom. E poderá querer assistir – ou participar – de um jogo de crochê no gramado bem cuidado. Ou, no salão ao lado, procurar por um dos muitos livros, como a “Architecture of Sri Lanka”, ou “The Rock and Wall Paintings of Sri Lanka”, para saber mais sobre o país.
Já que estar relaxado nunca é demais, os hóspedes podem se juntar para pelo menos um tratamento no spa durante a estadia. Situado em meio a um tranquilo pátio, o Z Spa tem um menu variado de serviços, que inclui até uma massagem infantil, uma dos cinco tipos oferecidos. A massagem principal leva uma mistura de chá preto, óleo de vetiver e pimenta preta. O Z Spa usa produtos Ophir, feitos à mão no Sri Lanka.
Eu sou fã de tratamentos de esfoliação e escolhi um que mistura chá verde com erva-cidreira e alecrim. O aroma foi inebriante. E o chuveiro ao ar livre, no qual duas pequenas árvores ficam de sentinela ao lado do caminho de pedra, foi incrível – assim como tudo no The Wallawwa.