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O conceito no qual o Trunk Hotel se baseia é chamado de “socialização”. Segundo o estabelecimento, “socializar” é a capacidade de indivíduos poderem fazer, realística e facilmente, contribuições sociais em suas vidas diárias, que são essenciais. É viver sendo fiel a você mesmo, sem pressões indevidas, mas com uma finalidade social em tamanho natural. ”E o hotel não atende apenas ao mínimo; compromete-se totalmente com a noção em toda a propriedade.”
No check-in, os hóspedes recebem uma camiseta feita de algodão reciclado com o logotipo do hotel em preto e um par de chinelos que, em vez de descartáveis, são feitos de uma variedade de materiais reprocessados. Nas acomodações, roupas de cama e cobertores feitos pelo próprio hotel, toalhas de algodão orgânico e sacolas de lavanderia feitas em lona reutilizada. Os porta-copos são feitos de couro remanescente ou de uma combinação de papel e plástico compactados. Artigos de higiene pessoal são orgânicos também. Mesmo os materiais de vidro desempenham um papel neste conceito, já que são feitos a partir de lâmpadas fluorescentes já usadas.
E não para por aí. O hotel tem sua própria loja de conveniência, onde produtos alimentícios são produzidos localmente, assim como souvenirs e outros itens da marca Trunk. Além disso, o hotel prometeu doar 5 milhões de ienes (cerca de US$ 44 mil) em vendas da loja para organizações de caridade todos os anos.
Mas o fascínio do Trunk não está apenas em sua devoção à responsabilidade social – mas também em sua vibe. O lounge e bar em plano aberto, decorado com antiguidades e móveis feitos sob medida, é feito para reuniões, já que oferece mesas comunitárias, assentos confortáveis e tomadas por todos os cantos. De dia, pessoas e seus laptops se instalam por lá, acompanhadas de um cafezinho. A noite atrai um público jovem e moderno, que consome os drinques feitos com habilidade e experiência. Os quartos – apenas 15 – são individualmente projetados e variam de pequenos aposentos a suítes em estilo loft. Alguns têm até varandas, uma característica rara na metrópole.
Nojiri conversou com FORBES e explicou os motivos que o levaram ao mercado de hospitalidade, como surgiu o conceito de “socialização” e quais são os próximos passos para a Trunk. Veja, a seguir, os melhores momentos da entrevista:
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FORBES: O que fez você invadir a indústria da hospitalidade?
F: A indústria da hospitalidade é diferente da indústria do casamento? Quais foram as dificuldades que você encontrou?
YN: Não vemos uma grande lacuna entre as duas indústrias. Ambas as empresas estão focadas na hospitalidade e em satisfazer as necessidades de seus hóspedes. Nós os servimos de maneira sincera e clara. Mas foi definitivamente um grande desafio para nós operar e desenvolver este tipo de hotel boutique com um novo conceito e estilo para o mercado japonês.
F: Por que você escolheu abrir o Trunk em Jingumae (distrito de Shibuya)?
F: Como surgiu o conceito de “socialização”?
YN: Começamos a construir o conceito com base em nossos valores fundamentais: contribuição, sinceridade, inovação e originalidade. Demorou mais de dois anos para chegar a ele. Investigamos minuciosamente nossos objetivos e o que as pessoas querem, e assim descobrimos que temos o desejo de contribuir para a comunidade e criar uma sociedade melhor.
F: Como você chegou a obter seus produtos “socialmente responsáveis” e decidiu com quem você trabalharia?
F: Quais são as suas preferências no hotel?
YN: Há muitas bicicletas abandonadas na cidade e esse é um dos problemas sociais aqui. Colaboramos com os criadores locais e disponibilizamos essas bicicletas “upcycled” únicas para os hóspedes do hotel. É importante reduzir o desperdício e acredito que esta pode ser uma das soluções. Eu comprei uma e, às vezes, a uso para chegar ao trabalho. Eu gosto bastante.
Nosso copo original é outro dos meus itens favoritos. O produto é feito de lâmpadas fluorescentes antigas de escolas públicas fechadas. É feito à mão por artesãos em Hokkaido e cada copo tem um formato diferente. Eu bebo um copo de água com um deles para começar o meu dia bem. Sei que é um pequeno gesto, mas me dá uma sensação de conexão com a sociedade.
YN: Embora tenhamos apenas 15 quartos, cada um é diferente do outro, para várias ocasiões. Os nossos quartos são perfeitos para relaxar sozinho ou para uma grande festa. Nós selecionamos móveis e decorações distintos para cada sala e até mesmo os tamanhos e posições das janelas são diferentes. Projetamos os espaços de todos os quartos para incorporar o design de Shibuya e Tóquio.
F: Você tem planos para outra propriedade? Em caso afirmativo, onde e quando?
YN: Para a marca Trunk, estamos nos concentrando principalmente na área de Tóquio para futuros desenvolvimentos. Tóquio é uma cidade grande e todos os bairros têm diferentes encantos e pessoas. Faremos um conceito diferente que reflete o caráter da área para cada propriedade. A Trunk abrirá 10 hotéis até 2027 e a Take and Give Needs, nossa empresa de casamentos, também lançará uma nova marca de hotéis, que pretende abrir uma dezena de estabelecimentos por todo o país, de Hokkaido a Fukuoka.