Brasil e Suíça têm uma longa história de cooperação. Em 2018, foram celebrados os 200 anos da imigração de suíços ao Brasil. As relações comerciais, ao longo do tempo, fortaleceram essa parceria. “Nos últimos anos investimos fortemente em soft power, ou seja, realizamos uma forte campanha de comunicação na qual incluímos a Copa do Mundo de 2014, o Carnaval do Rio de Janeiro e a Olimpíada de 2016 como plataformas de comunicação para promover a relação entre os dois países”, afirma Christina Gläser, representante da indústria do turismo da Suíça no Brasil. “Tive a oportunidade de liderar esses projetos com o objetivo de aproximar a imagem da Suíça do público brasileiro. Foram grandes investimentos nessas campanhas, e elas deram bons resultados. O número de visitantes brasileiros aumentou significativamente.”
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Mas a Suíça já não era destino e objeto de admiração de muitos brasileiros? O que faltava descobrirmos sobre o país alpino? “Os Alpes e as vibrantes cidades suíças já são bastante conhecidos entre os brasileiros. Mas a Suíça é também um destino internacional das artes contemporâneas, das coleções privadas, dos museus e das galerias mais importantes do mundo. Ainda temos a Art Basel, maior feira de arte contemporânea do mundo”, explica Christina.
Para promover essa aproximação de viés artístico-cultural, foi firmada uma parceria com a SP Arte, que resultará em um Guia de Arte da Suíça, contendo sugestões de visitas e experiências únicas no mundo da arte. Além disso, um belíssimo passeio de trem atravessando os Alpes une belezas naturais a paradas em vilas charmosas que hospedam galerias badaladas, museus e até um imperdível castelo do século 12, hoje pertencente à fundação do renomado artista contemporâneo Not Vital. Essa região, que se estende por cerca de 60 quilômetros – da badalada St. Moritz até Sent –, sempre atraiu artistas. Recentemente, uma nova geração abriu ali galerias e museus de arte contemporânea internacional.
A diversidade cultural e a facilidade de deslocamento também são elencadas como pontos de atração. É possível ir da elegante Zurique ou da romântica Lucerna, nos cantões germanófonos, para a cosmopolita Genebra ou a descontraída Lausanne, na parte francófona, em menos de três horas. A parte italiana também é uma grande atração, especialmente no verão. Os trens são rápidos e pontuais e chegam a qualquer lugar da Suíça. Se o visitante não souber falar alguns desses idiomas, além do inglês, não deverá enfrentar problemas. “Quase todos os hotéis têm em seu staff funcionários portugueses, sempre muito gentis”, explica Christina (que é natural de Baden, na porção “alemã” da Suíça).
TURISTAS DIFERENTES
Os viajantes brasileiros que escolhem a Suíça como destino têm perfis variados. Segundo Christina, existem as famílias que costumam viajar para lá no inverno para esquiar e desfrutar do requinte, da sofisticação e da tradição de determinados lugares. Há aqueles que vão a negócios, principalmente para Genebra e Zurique. Vem crescendo também a procura por eventos corporativos e casamentos em lugares exclusivos do país. Por fim, na última década, uma nova geração descobriu os encantos da Suíça no verão. “Nosso novo programa Stopover, criado em parceria com a companhia aérea SWISS, é perfeito para esse perfil de turista.” O programa oferece pacotes para quem deseja ficar no país entre uma e quatro noites incluindo passagem, hospedagem e passe de trem (em conexão com outros destinos na Europa). As temperaturas agradáveis, os banhos e passeios de barco nos lagos e rios de águas cristalinas, os vinhos locais e os festivais de música – como o Montreux Jazz Festival ou a Streetparade, maior festa eletrônica do continente, em Zurique – fazem da Suíça um destino imperdível para os mais jovens.
O departamento de turismo da Suíça prevê que 2019 será um ano-chave para posicionar o país como destino de experiências únicas. “A Suíça está no coração da Europa. Faz fronteira com a França, a Alemanha, a Áustria e a Itália – são pequenas distâncias até qualquer capital badalada. Quem visita a Europa via Suíça com voos diretos e diários de São Paulo (pela SWISS) pode fazer uma parada de um a quatro dias na Suíça, geralmente sem custo adicional na passagem.”
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O programa chamado Grand Tour também faz parte da estratégia do Switzerland Tourism. Trata-se de sugestões de rotas predefinidas a serem feitas de carro, nas quais o turista pode escolher o ponto de início e de término percorrendo 1.600 quilômetros pelos quatro cantões, cinco passos alpinos, 11 patrimônios mundiais da Unesco, duas reservas de biosfera e 19 lagos (veja mais detalhes em http://grandtour.myswitzerland.com/pt/).
“Por último, fortalecendo nossa imagem tradicional, vamos manter o foco na temporada de inverno, divulgando os melhores destinos e suas novidades – restaurantes, hotéis e eventos –, sempre buscando produtos adaptados ao perfil do turista brasileiro.
Como a first ski experience (um pacote para iniciantes no esqui) e os winter camps para crianças (um serviço com aulas de idiomas e de esqui o dia todo, com traslados a partir do hotel). Tenho certeza de que em 2019 muitos brasileiros se apaixonarão pela Suíça”, completa Christina.
Reportagem publicada na edição 65, lançada em fevereiro de 2019
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