Em alguns casos, as mudanças exigiram uma reformulação: a cadeia de fast food, por exemplo, descobriu que seus canudos de papel na Grã-Bretanha são particularmente difíceis de serem reciclados.
VEJA MAIS: Ele quer banir o plástico do mundo
O movimento antiplástico dos canudos realmente decolou neste ano e está se tornando a norma para restaurantes. E vários proprietários decidiram ir muito além.
Em setembro, conversei com Jeff Lewis, proprietário do Seafood Sam’s, um dos restaurantes mais populares de Cape Cod. Como relatei para o portal Skift, Lewis tomou uma decisão há três anos, a pedido de seu filho de 25 anos, de começar a eliminar descartáveis de seu estabelecimento em Sandwich, Massachusetts.
Ele recebe até 3.000 clientes por dia durante a alta temporada das férias de verão, com capacidade para 350 no interior e cem na parte de fora. Lewis sempre vendeu muitos mariscos e, claro, lagosta. Todavia, segundo ele, começou a parecer hipócrita servir frutos do mar com materiais que poderiam destruí-los.
Havia uma despesa inicial gerada pela louça, e alguns clientes não ficaram muito felizes com o processo de limpeza das mesas, diz Lewis. Mas a economia pôde ser feita de diversas formas e uma delas significante foi a coleta de lixo, que foi de grande ajuda visto que Sam costumava encher cinco lixeiras por semana. É possível até mesmo observar alguns clientes que levam seus próprios recipientes aos restaurantes para que eles mesmos possam empacotar suas sobras.
VEJA TAMBÉM: Mercado tailandês troca plástico por folha da bananeira
Isso está provocando uma discussão no mundo da comida sobre a higiene desse costume, que pode funcionar para os clientes, mas não para os prestadores de serviço. Entretanto, alguns proprietários concordam com a ideia, se ela reduzir o uso de plásticos.
Empresas de trem no Canadá, Inglaterra, países da União Europeia e Índia já estão tratando do assunto de garrafas de água, canudos e sacolas plásticas, em resposta às proibições federais e movimentos para reduzir.
As ambições da Amtrak parecem relativamente modestas: uma meta de reciclagem de 20% até 2020, que diz estar em vias de alcançar. E os passageiros são a favor. Em uma pesquisa de 2018 com 12.250 pessoas, 69% disseram à empresa ferroviária que estavam pessoalmente interessados em reciclar. O problema é que a Amtrak nem sempre facilita isso. Deveria haver caixas de papelão para itens reciclados nos trens, mas elas nem sempre estão lá. Apenas 26% dos passageiros da pesquisa disseram que era fácil encontrar esses contêineres.
Ainda assim, a companhia ferroviária, agora administrada pelo ex-CEO da Delta Air Lines, Richard Anderson, está tentando. Como escrevi para a Skift, recentemente reuniu um grupo de estudantes e designers na Filadélfia para um workshop sobre maneiras de reduzir o uso de plásticos no atendimento dos passageiros. Eles sugeriram bentos (as marmitas japonesas), recipientes de alumínio e talheres de bambu.
Na Seafood Sam’s, Lewis diz que seus fornecedores estão agora buscando ideias de sustentabilidade. Uma que ele planeja experimentar no próximo ano é substituir canudos de papel por aqueles feitos de macarrão.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.