Nova instalação da Cartier em Macau vende itens exclusivos de até US$ 2,3 milhões

13 de dezembro de 2020
Reprodução/Forbes

Instalação da Cartier em Macau terá artigos exclusivos até janeiro de 2021

Com o aumento nos números de viagens para Macau, a marca de luxo francesa Cartier criou uma instalação exclusiva em sua boutique na T Galleria, localizada no Shoppes at Four Seasons, na esperança de recuperar as vendas perdidas durante a pandemia de Covid-19.

A instalação especial “Into Light and Shadow” utiliza a detalhada interação entre nuvens de papel e pedras para dar destaque ao brilho dos diamantes na coleção da marca.

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Segundo o conglomerado empresarial Richemont, da qual a Cartier faz parte, o objetivo é “envolver a imaginação” dos consumidores, que podem chegar a gastar US$ 2,3 milhões em um par de brincos Larmes enquanto passeia pela loja de 335 metros quadrados. Os brincos são feitos de diamantes em formato de pera que equivalem a 14.13 quilates, mais outros dois brilhantes que totalizam mais 2.15 quilates.

Outras quatro peças de alta joalheria estão disponíveis a preços que podem variar de US$ 275 mil a US$ 1,75 milhão. Todas estão guardadas em um local “protegido” pela emblemática pantera da Cartier.

A loja foi inicialmente idealizada pelo artista parisiense e designer de interiores Bruno Moinard. As vitrines expõem mais de 90 itens exclusivos que incluem anéis solitários de diamantes, esmeraldas e outras pedras preciosas.

Recortes de papel destacam a beleza dos diamantes

O projeto foi idealizado em parceria com o artista contemporâneo Pauline Yau, natural de Hong-Kong. Os planos são para que a loja funcione até janeiro. Dessa forma, a loja na T Galleria, comandada pela LVMH do DFS Group, atenderá ao maior número possível de clientes durante o período de festas.

Yau é um nome popular entre as marcas de luxo, por ser especialista em instalações para espaços comerciais. Sua lista de clientes inclui Christian Dior, Hermès, Lane Crawford, Mandarin Oriental Macau, Montblanc, Wynn Hotel Macau e Van Cleef & Arpels.

Os complexos cortes de fitas de papel são delicadamente combinados com a pantera e criam formas que parecem como nuvens flutuando pela loja. Entre os papéis, há uma seleção de pedras semi-transparentes que formam jogos de luz e cores.

Virginie Martignac, diretora global de varejo de viagem da Cartier, afirma que “a instalação é uma forma de continuar atraindo clientes, ao passo que Macau começa a dar as boas-vindas aos visitantes mais um vez.”

Recuperação do mercado chinês

Macau sofreu um grande baque econômico no primeiro trimestre do ano, quando o número de viagens diminuiu drasticamente. Em janeiro, o número de turistas chegava a 2,1 milhões e, em abril, esse número caiu para 10 mil. O varejo está se recuperando com a volta das visitas. Os números bateram 200 mil pessoas em agosto e 540 mil em outubro.

A Cartier afirma que viajantes chineses não eram o único público de interesse para a loja. Mas, em outubro, recebeu apenas 43 mil turistas estrangeiros. E, como mostraram os números das lojas duty-free da ilha de Hainan, a procura por joias e relógios está em alta.

A marca se recusou a comentar sobre como as vendas da duty-free em Hainan interferem nos negócios em Macau. Em uma apresentação sobre varejo de turismo no evento “China Reborn” da associação TFWA, o presidente do China Duty Free Group afirmou que as vendas no setor continuam a crescer.

O mercado chinês é importantíssimo para a Richemont. Em novembro deste ano, segundo relatório da companhia suíça, as vendas dos últimos seis meses até setembro arrecadaram US$ 6,6 bilhões, uma baixa de 26%. No mesmo período, as vendas na China tiveram um aumento de 78%.

As marcas de joias da Richemont presenciaram aumento de 4% nas vendas no segundo trimestre do ano. “Nossas casas de joias demonstraram resiliência, ao desenvolver iniciativas digitais de sucesso com coleções icônicas, como a Clash da Cartier e a Perlée da Van Cleef & Arpels”, afirma Johann Rupert, presidente da empresa.

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