São necessários poucos passos no interior da embarcação para perceber o cuidado com os detalhes para transformar o espaço em lar. Em determinados momentos, é até possível esquecer que se está no interior de um barco, e não de um apartamento decorado com papel de parede marítimo num bairro sofisticado de São Paulo. E é exatamente essa a sensação que a Azimut Yachts quer passar com a nova versão da Azimut 74, um barco que já existia no catálogo da fabricante, mas que passou por uma renovação completa em seu design e layout.
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“Dá para fazer um ‘boat office’ aqui dentro. Se quiser, emprestamos o barco para vocês escreverem”, brinca Francesco Caputo, diretor da Azimut Yachts no Brasil, durante a visita da Forbes à embarcação. E, embora não tenha sido possível aceitar o convite, não foi difícil imaginar como seria uma estadia por lá.
Logo na entrada da embarcação, a sala de estar é equipada com um grande sofá em forma de “C”, com linhas curvas e poltronas em tons creme. Uma coluna de armazenamento faz as vezes de armário para cristais e utensílios de cozinha. Apenas alguns passos à frente, na parte central do convés principal, encontra-se a cozinha, disposta como uma ilha. Ao lado, uma grande mesa com oito lugares e uma janela ao fundo que vai do chão ao teto, proporcionando uma visão completa do mar. Com um pouco de sorte, talvez desse até para ver alguns peixes. Mas não foi dessa vez.
Ainda no convés principal, ao lado da escada que leva às suítes, fica um dos espaços para pilotagem. E, finalmente, no pavimento inferior, as quatro cabines, que acomodam até oito convidados para pernoite. A principal, do anfitrião, é equipada com uma pequena sala de jantar, um banheiro privativo, isolamento acústico, televisão embutida e até um espelho de corpo inteiro. Já os outros quartos, embora menores, também oferecem espaços e janelas amplas – dois deles com banheiro privativo, enquanto o outro é uma demi-suíte que também atende a área de convivência.
Todos os móveis e decorações, do convés principal ao pavimento inferior, diversificam texturas em marfim, madeiras nobres e couro, combinações destacadas pelo sistema de luminárias circulares totalmente embutidas nos tetos e móveis. O design foi pensado pela própria equipe da empresa para não pesar o ambiente e tornar a luz e a disposição dos móveis agradáveis. Basicamente, toda a mudança de design e layout foi desenvolvida com foco no conforto dos futuros ocupantes.
Já na proa (parte frontal), há bancos com encostos reguláveis para banhos de sol e um lounge privativo com sofá e mesa de centro. “Podemos dizer que temos um triplex náutico aqui”, compara Caputo. “Também há uma plataforma de popa capaz de hospedar um bote de apoio de quatro metros de comprimento.”
Para o executivo, andar pelo iate mostrando os detalhes de cada criação é uma realização própria. Segundo ele, a nova versão do modelo Azimut 74 prova os esforços da marca para implementar técnicas avançadas e tecnológicas de construção, caso da fibra de carbono 100% pura usada na estrutura básica da embarcação, o que reduz o peso das superestruturas em, aproximadamente, 30% em relação aos modelos feitos inteiramente em fibra de vidro. “É uma solução que, além de reduzir o peso, permitiu que a equipe de design obtivesse volumes e espaços de um barco de categoria superior”, explica ele, que define a fibra de carbono como um material perfeito para o momento atual da empresa, em que funcionalidade é tudo.
POTÊNCIA NÁUTICA
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“O Azimut 74 é um barco grande, mas é pequeno em termos mundiais. No exterior nós temos um mercado de megaiates que não está pronto para funcionar efetivamente no Brasil. Não temos condições de receber barcos de 100 metros de comprimento, por exemplo”, explica ele, sem perder a esperança, “Mas temos muito potencial para crescer. O Brasil tem mais de 7.500 km de costa, um clima favorável e lugares lindíssimos. Temos tudo para ser uma potência náutica, menos investimento e infraestrutura.”
Presente em mais de 70 países, com mais de 140 escritórios, a Azimut tem um faturamento de cerca de R$ 6 bilhões em nível global – dados de 2020. O Brasil representa uma fatia de R$ 250 milhões desse valor, o que é um resultado bom considerando que a procura tem aumentado nos últimos tempos. Em 2020, as vendas de iates aumentaram 50% no cenário nacional. “É uma planta cada dia mais importante para a empresa”, diz o executivo.
Confira, na galeria de imagens abaixo, algumas imagens da Azimut 74:
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