À venda, coleção de arte do cofundador da Microsoft pode bater recorde

26 de agosto de 2022
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Coleção de arte de Paul Allen irá à leilão em novembro deste ano

A coleção de arte bilionária de Paul Allen, o cofundador da Microsoft que morreu em 2018, será leiloada no final deste ano e deve superar o recorde atual do leilão de arte mais caro até hoje, estabelecido pela Coleção Macklowe em maio.

O leilão de 150 obras acontecerá em novembro, segundo anunciado pela casa de leilões Christie’s (a data exata não foi divulgada), com a coleção avaliada em mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões).

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A coleção expansiva, chamada ‘Visionary: The Paul G. Allen Collection’, apresenta obras de alguns dos nomes mais influentes da arte, incluindo Paul Cézanne e Jasper Johns, disse a Christie’s. Segundo o New York Times, também serão leiloadas obras de Botticelli e Renoir.

Seguindo os desejos de Allen, os lucros do leilão serão doados para caridade, disse a Christie’s.

Guillaume Cerutti, chefe da casa de leilões, disse ao Times que a venda é “um grande evento para o mercado de arte e para o mundo da arte”.

O patrimônio líquido de Allen, na época de sua morte, foi estimado em US$ 20,3 bilhões pela Forbes. Ele fundou a gigante de tecnologia Microsoft ao lado de Bill Gates em 1975 e saiu no início de 1980 após ser diagnosticado com a doença de Hodgkin, embora tenha permanecido no conselho até 2000.

Allen expressou seu amor pela música e pela arte através da fundação, em 2000, do que hoje é conhecido como o Museu da Cultura Pop, marcado por um prédio de aparência futurista em Seattle.

Um dos maiores filantropos dos EUA, ele doou cerca de 10% de sua riqueza – US$ 2,5 bilhões – para causas como educação e pesquisa científica. Também demonstrou seu amor pelos esportes com a compra de grandes times de basquete, futebol e futebol americano, incluindo o Seattle Seahawks da NFL. Allen morreu em outubro de 2018 aos 65 anos de complicações do linfoma não-Hodgkin.

Mercado de arte

O ano passado foi uma benção para a recuperação do mercado de arte da pandemia, com vendas de arte subindo quase 30%, para US$ 65 bilhões, de acordo com um relatório do UBS e da Art Basel divulgado em maio.

O recorde atual para a coleção de arte mais cara vendida em leilão foi estabelecido pela venda do acervo pessoal do magnata imobiliário Harry Macklowe e sua ex-esposa Linda. Vendido pela Sotheby’s durante um período de seis meses (que terminou em maio), ela arrecadou US$ 922,2 milhões (R$ 4,6 bilhões, na cotação atual) e incluiu uma pintura de Rothko nunca antes exibida em público.

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Pintura tricolor de Mark Rothko foi o quadro mais caro no leilão da coleção de arte Macklowe